O MIT desenvolveu laboratórios digitais, os Fab Labs, que estão a ser colocados em várias cidades do mundo a fim de serem usados pelo cidadão comum de forma fácil. Por exemplo: um cidadão com mobilidade reduz
O MIT desenvolveu laboratórios digitais, os Fab Labs, que estão a ser colocados em várias cidades do mundo a fim de serem usados pelo cidadão comum de forma fácil. Por exemplo: um cidadão com mobilidade reduzida pode através destes laboratórios criar protótipos de instrumentos que melhorem a sua qualidade de vida. O conceito Fab Lab foi debatido esta sexta-feira, em Lisboa, no seminário “Fab Labs Portugal – A Inovação ao Alcance de Todos”.
O projeto foi desenvolvido pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) com o objectivo de conduzir a “inovação local” e apoia-se numa rede mundial destes laboratórios que colaboram entre si.
O secretário de Estado da Energia e Inovação português, Carlos Zorrinho, presente no colóquio, disse hoje que Portugal tem subido na inovação em todos as classificações internacionais, mas quer estar entre os primeiros ao criar estes Fab Labs.
“Estamos muito bem posicionados em áreas de ponta em termos tecnológicos, mas queremos estar entre os primeiros países ao criarmos uma rede nacional de laboratórios de fabrico digital, ou seja, nos Fab Labs nos próximos anos”, salientou o governante.
“Os Fab Labs são um instrumento de participação dos cidadãos no processo de inovação, que permite que pessoas – especialistas ou não – construam a partir de uma plataforma digital os seus produtos e, através de um instrumento de prototipagem rápida, criem aquilo que se desenhou”, explicou ontem à Lusa o responsável pela organização do colóquio, João Neves.
João Neves avançou que existem já algumas câmaras municipais interessadas na ideia, já que com estes laboratórios “é possível ter o próprio munícipe a construir as melhores soluções para as suas necessidades”.
Para João Neves, a “importância” da criação desta rede de laboratórios deve-se “à democratização do processo de inovação, que não deve ser feito apenas por empresas, mas que tem de corresponder às necessidades do cidadão”.
Na conferência de hoje estão presentes investigadores associados à implementação dos Fab Labs, que vêm apresentar exemplos da aplicação destes laboratórios noutros países.