Tradicionalmente, o termo Vanitas (que em latim significa vacuidade, futilidade) nas Artes, refere-se a um tipo de pintura que faz alusão à insignificância da vida terrena e à efemeridade da vaidade recorrendo a imagens simbólicas – como caveiras ou fruta apodrecida – que remetem para a decadência da vida humana.
Nesta exposição, Leonor Brilha não retratou objetos ou naturezas mortas mas sim a realidade mediática da comunicação, onde as imagens da morte e do sofrimento se sucedem a uma velocidade que as torna banais. Aqui, estas imagens que a artistas recolheu ao longo de vários meses das páginas dos jornais, foram cristalizadas em oito telas de grande dimensão que denunciam a permanência, ao contrário da efemeridade, destas realidades.
Os massacres da Noruega, Ruanda e do Iraque, o julgamento de Saddam Hussein, os crimes de guerra, os refugiados, os animais ameaçados e outros temas favoritos dos meios de comunicação foram redesenhados pela mão de Leonor Brilha que, sobre eles, pintou padrões florais dourados, como se estas dores, estas agressões e estas mortes fossem o papel de parede da humanidade.
Leonor Brilha, nascida em Torres Vedras em 1982, formou-se na Faculdade de Belas Artes de Lisboa e já realizou várias exposições individuais e coletivas. Em 2004 recebeu o terceiro Prémio de escultura na Exposição de Artes Plásticas Cena D’Arte, uma iniciativa da Câmara de Lisboa e da Galeria Municipal da Mitra, e em 2005 recebeu o Prémio Revelação da Bienal de Artes de Mafra.
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