Em apenas oito anos, as empresas portuguesas quase triplicaram as exportações para os países árabes. Atualmente, o país recebe cerca de 1,3 mil milhões de euros em receitas de exportações.
Em apenas oito anos, as empresas portuguesas quase triplicaram as exportações para os países árabes. Atualmente, o país recebe cerca de 1,3 mil milhões de euros em receitas de exportações, face aos 500 milhões registados em 2005.
O anúncio foi feito pelo Secretário-Geral da Câmara de Comércio e Indústria Árabe Portuguesa (CCIPA), Karim Bouabdellah. Em declarações à agência Lusa, o responsável declarou que as exportações de Portugal registaram “um aumento muito significativo” nos últimos anos.
No entanto, o valor global de exportações pode ser ainda maior se for tida em conta a carteira de projetos na área das obras públicas e do saneamento básico. Aqui, os valores rondam os 2 mil milhões de euros anuais, o que faz com que, na verdade, o valor atual de exportações ascenda a números entre os 2,5 mil milhões de euros e os 3 mil milhões de euros.
Desta forma, os países árabes tornam-se “o segundo maior parceiro comercial de Portugal, apenas batidos pela Europa e à frente da América Latina e da África”.
Segundo Karim Bouabdellah, a CCIAP vê “com muito bons olhos e positivismo” o visto de ouro recentemente posto em prática pelo Governo português. A partir de agora, os investidores podem vir e estar em Portugal quando quiserem, facilitando as relações entre países.
Os investidores árabes estão interessados na capacidade das empresas portuguesas nas áreas das obras públicas, dos materiais de construção, do setor têxtil, do setor ferroviário, e ainda nos domínios de hardwar e software e do saneamento básico. Todas estas podem ser “boas apostas para aumentar as exportações portuguesas”, sustenta o secretário-geral.
Com base neste quadro de relações e cooperação económica, vai realizar-se, em Lisboa, na próxima quinta e sexta-feira, o 1º Fórum Portugal – Países Árabes, onde está prevista a presença do ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, e mais de 100 empresas deste conjunto de países.
“O evento é de extrema importância para as instituições e empresas árabes que, através da sua presença e contacto com as congéneres portuguesas, podem ter uma capacidade de resposta mais rápida”, disse o responsável.
Nas várias sessões temáticas do Fórum estão previstas intervenções de ministros árabes, bem como do governo português.
Notícia sugerida por Maria da Luz