As exportações portuguesas de minérios metálicos não ferrosos registaram, em 2011, um aumento de 17,82%, o que resulta num valor de 469 milhões de euros, face aos 398 milhões de euros assinalados em 2010. Os dados foram avançados pelo INE à Associação Nacional da Industria Extractiva e Transformadora (ANIET).
As exportações dos minérios de tungsténio (volfrâmio) foram as que registaram uma maior subida: perto de 74%. As exportações de estanho aumentaram 48,23%. O cobre continua também a destacar-se com um valor global de vendas de 238 milhões de euros o que significa um acréscimo de 26% em relação a 2010. As exportações de zinco cresceram 14,28%
Estes números, revelam o potencial geológico de Portugal no contexto mundial, designadamente no setor dos minérios metálicos, destacando-se na produção de cobre na mina de Neves Corvo (Alentejo), uma das mais ricas da Europa, e na produção de volfrâmio na mina da Panasqueira (Beira Alta), onde ocupa a posição de líder como produtor europeu.
Os principais países de destino destes minérios são a Suécia, a Alemanha, a Finlândia, a Espanha e o Brasil.
Numa análise que abrange as outras indústrias extrativas (rochas ornamentais e rochas industriais) o setor exporta globalmente quase mil milhões de euros, o que representa 2,3% do valor total das exportações do país. As exportações deste subsetor (minerais metálicos) têm um peso significativo no valor global da indústria extrativa (cerca de 46%).
Indústria é fonte de desenvolvimento regional
Em comunicado, a ANIET sublinha que a maior parte dos polos da indústria extrativa estão situados no interior do país, onde constituem, muitas vezes, a única fonte de desenvolvimento regional e de emprego.
O setor extrativo revela-se estratégico uma vez que os seus produtos são as matérias-primas de indústrias essenciais ao desenvolvimento: construção, indústria química, automóvel, cerâmica, farmacêutica, alimentar, entre outras.
O caráter determinante destes recursos, para a economia e o desenvolvimento social foi reconhecido pela Comissão do Desenvolvimento Sustentável (fórum mundial que reúne todos os membros das Nações Unidas) ao escolher no ciclo do biénio 2010/2011, o setor das indústrias extrativas como um dos temas a debater.
Dados recentes da Comissão Europeia referem que a atividade industrial ligada aos recursos geológicos não energéticos da União Europeia emprega diretamente mais de um milhão de pessoas. Outros setores de atividade ligados a esta indústria geram um valor adicional anual de 1,3 biliões de euros e 30 milhões de postos de trabalho.
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