Face ao mesmo período do ano passado, este valor representa um crescimento na ordem dos 10%, embora fique ainda aquém do registado em 2008: 311 milhões de euros.
Ao Diário de Notícias, o ministro da Agricultura, António Serrano, refere que esta recuperação corresponde a uma “inversão estrutural” do setor: “Embora o comportamento dos mercados seja imprevisível, há uma inversão clara que resulta em grande medida da capacidade de resposta dos produtores que, do ponto de vista técnico e do marketing, responderam muito bem aos desafios colocados a nível internacional, criando novas alternativas de utilização para esta matéria-prima”.
O ministro diz que o crescimento das vendas advém de uma maior procura de produtos à base de cortiça na construção civil, para isolamentos e revestimentos, devendo a tendência manter-se nos próximos meses.
Nos últimos meses, o Governo investiu dezenas de milhões de euros na promoção internacional da cortiça. Tome-se como exemplo o programa InterCork – Promoção Internacional da Cortiça, lançado em março, com 12,5 milhões de euros para divulgar as vantagens das rolhas de cortiça.
Portugal é o maior produtor mundial de cortiça, com uma média anual de 157 mil toneladas. Cerca de 90% da cortiça transformada destina-se aos mercados internacionais, sendo que os maiores compradores são França, Estados Unidos da América e Espanha.