A Loja das Conservas, que reúne no mesmo espaço comercial 17 empresas conserveiras portuguesas, prepara-se para dar, já esta quinta-feira, o seu primeiro passo no sentido da internacionalização com a inauguração de um 'corner' em Paris.
A Loja das Conservas, que reúne no mesmo espaço comercial 17 empresas conserveiras portuguesas, prepara-se para dar, já esta quinta-feira, o seu primeiro passo no sentido da internacionalização com a inauguração de um 'corner' na capital francesa, Paris, dedicado a estes produtos.
A informação foi avançada à Lusa por Castro e Melo, secretário-geral da ANICP – Associação Nacional da Indústria de Conservas de Peixe, entidade que apoia este conceito de promoção conjunto da indústria conserveira nacional que agora se expandirá até França.
O primeiro 'corner', isto é, recanto internacional da Loja das Conservas, vai ser instalado na loja gourmet Causses, no centro de Paris, e terá 500 referências de conservas de peixe portuguesas, dando ainda aos clientes a possibilidade de encomendar outras referências produzidas pela indústria em Portugal.
“O mercado francês é tradicional na nossa conserva”, justifica Castro e Melo, que realça que os franceses já têm por hábito o consumo da conserva portuguesa mas, até ao momento, não dispunham de um espaço físico que reunisse uma ampla oferta do setor.
Segundo o secretário-geral da ANICP, “os franceses são grandes consumidores, além de se tratar de um mercado onde há uma grande colónia portuguesa”. Adicionalmente, Paris “é uma cidade com muito turismo”, o que traz “grande potencial” e faz com que a Loja das Conservas esteja otimista em relação à presença naquele país.
O próximo ano deverá marcar a continuação da expansão comercial da Loja das Conservas e a França poderão seguir-se destinos mais longínquos. “A aposta na China” é uma das que estão previstas, embora Castro e Melo defenda que é preciso dar “passos certos e de cada vez”.
O ano de 2013 foi “um ano recorde” para o setor conserveiro, que exportou 218 milhões de euros, o equivalente a um volume de negócios de 53.000 toneladas. Para 2014 ainda não há uma meta definida, mas o secretário-geral da ANICP acredita que as exportações deverão ser superiores.
Atualmente, a indústria portuguesa de conservas emprega diretamente mais de 3.500 pessoas, dispondo de 21 fábricas ativas e em laboração e exportando cerca de 65% da sua produção. Uma das principais apostas do setor para este ano tem sido a conserva de cavala, que já é exportada para mercados como o italiano.