A equipa de investigadores liderada por William Allen vem assim contrariar a ideia que os felinos usam as suas cores para representar o seu estatuto dentro do grupo ou atrair o sexo oposto: “se existisse um motivo sexual, tanto os machos como as fêmeas teriam diferentes padrões e isso não se verifica”, afirma o autor, citado no portal Ciência Hoje.
O facto de passarem mais ou menos tempo em espaços abertos e com muita luminosidade é a verdadeira razão que leva às alterações no pêlo de animais como o leopardo, o tigre ou a chita, indica o estudo intitulado “Como os leopardos obtêm as suas manchas”, que foi inspirado pela história homónima de Rudyard Kipling.
“Concluimos que os felinos que vivem em habitats fechados como as florestas têm mais propensão a apresentar uma pelagem com padrões, particularmente irregulares ou complexos, relativamente às espécies que vivem em espaços abertos”, revelou William Allen à AFP.
Ao todo foram analisadas 35 espécies, amostra suficiente para a elaboração de um modelo matemático que considera variáveis como o habitat, comportamento e ritual de caça e permite desvendar a evolução do padrão dos animais.