Quando Eric Ahlskog, líder da investigação, iniciou a sua pesquisa, partiu com o objetivo de descobrir a influência cognitiva neuroprotetora do exercício. Para isso baseou-se em vários estudos já realizados sobre a temática.
Os estudos revelaram uma clara evidência de que o exercício aeróbico reduz significativamente os riscos de um comprometimento cognitivo, ou seja, pessoas que praticam exercício diariamente têm menos probabilidades de vir a sofrer de demência.
De facto, comprovou-se que os resultados cognitivos de pacientes dementes melhoraram após seis a doze meses de exercício, comparados com pacientes com hábitos sedentários.
Mesmo em adultos saudáveis, o exercício aeróbico é responsável por uma melhoria dos resultados cognitivos.
Exercício melhora as ligações do cérebro
Andar, ir ao ginásio e praticar atividades em casa tão simples como limpar as folhas do chão no outono são alguns dos exemplos dados pelos investigadores.
A equipa de Eric Ahlskog reviu mais de 1600 estudos. “Podemos ter um argumento muito convincente para a realização de exercício como uma estratégia para prevenir a demência e o comprometimento cognitivo leve, além de modificar favoravelmente estes processos, quando ele já está desenvolvido”, explicou o neurologista.
Estudos realizados com animais concluíram também que o exercício facilita a neuroplastia, associada às ligações dentro do cérebro. Isto é, desempenha um papel importante na preservação da integridade do cérebro humano.
É por isso que Ahlskog acredita que “o exercício não deve ser menosprezado como uma importante estratégia terapêutica”, apesar de esta ser uma matéria que vai ainda requerer muita investigação.