Fazer apenas 20 minutos de exercício físico moderado é suficiente para melhorar a memória a longo-prazo. A conclusão é de um estudo desenvolvido por investigadores norte-americanos.
Fazer apenas 20 minutos de exercício físico moderado é suficiente para melhorar a memória a longo-prazo. A conclusão é de um estudo desenvolvido por investigadores norte-americanos, que revela que quem quiser beneficiar o cérebro tem apenas de dedicar um curto período de tempo à prática de atividade física.
No âmbito da investigação, cujos resultados foram publicados na revista científica Acta Psychologica, os cientistas do Georgia Tech Institute, nos EUA, convidaram, antes de mais, os voluntários a olhar para uma série de 90 fotografias num ecrã de computador, conotadas com emoções positivas, negativas e neutras, sem lhes pedir que recordassem o que tinham visto.
Depois, os participantes foram divididos em dois grupos: metade dos indivíduos fez exercícios de flexão das pernas numa máquina durante 50 vezes, ao passo que a outra metade deixou que a máquina fizesse o exercício sem efetuar qualquer esforço. Durante o processo, a equipa mediu os níveis de tensão arterial e a pulsação de todos os voluntários, recolhendo, também, amostras de saliva para avaliação do 'stress'.
Todos regressaram ao laboratório 48 horas depois e foram, novamente, convidados a olhar para uma série de 180 fotografias – 90 originais misturadas com 90 novas imagens. Enquanto o grupo de controlo se recordava de cerca de 50% das imagens da primeira sessão, os voluntários que fizeram exercício lembravam-se de aproximadamente 60% das fotografias.
Estudos anteriores já tinham associado a libertação de determinadas hormonas e de um neurotransmissor específico, a norepinefrina, em cérebros de modelos animais a uma melhor memória. Curiosamente, realçam os cientistas, os participantes que se exercitaram foram também os que apresentaram, na saliva, uma maior quantidade de alfa amilase, um marcador da norepinefrina.
“O nosso estudo demonstra que não é preciso dedicar grandes quantidades de tempo ao exercício para obter benefícios cerebrais”, afirma, em comunicado, Lisa Weinberg, estudante do Georgia Tech Institute e coordenadora da investigação.
De acordo com Weinberg, todo o tipo de atividade física leve, como, por exemplo, a realização de agachamentos e todos os outros exercícios que não exijam aos indivíduos que estejam suficientemente em forma para andar de bicicleta, correr ou fazer aeróbica deverão “produzir os mesmos resultados” e ser benéficos para o cérebro.
Clique AQUI para aceder ao estudo (em inglês).