Em 2010 percorreram a Índia num sidecar. Agora, os portugueses Leninha e Inácio querem regressar ao país para atravessar a estrada mais alta do mundo nas míticas motas Royal Enfield. Com eles esperam levar mais 40 aventureiros.
Mais do que uma viagem será uma aventura de 16 dias, que atravessará o coração dos Himalaias, pela estrada mais alta do mundo. A expedição, feita a bordo de motas Royal Enfield, arranca de Deli passando pela fronteira com o Paquistão e pela fronteira com a China até chegar a Khardung La, considerada a estrada mais alta do mundo, a mais de 5.600 metros de altitude.
Ao Boas Notícias, Helena Pimentel (mais conhecida por Leninha), de 24 anos, conta que a ideia surgiu quando, durante os cinco meses de viagem de sidecar pela Índia, perceberam que “milhares de pessoas” os seguiam, sobretudo através das redes sociais. “Decidimos então construir um projeto onde as pessoas pudessem participar”, explica.
“O objetivo é levar as pessoas que se inspiram no nosso estilo de vida a realizar a aventura das suas vidas proporcionando uma aventura épica e, ao mesmo tempo, convidá-las a fazer parte da história integrando a primeira expedição portuguesa de mota à estrada mais alta do mundo”, salienta.
Rota atravessa a cultura hindu, muçulmana e budista
Além de incluir uma visita aos locais mais emblemáticos de Deli, a expedição vai passar por pontos icónicos da cultura muçulmana, hindu e budista da Índia, incluindo a vila de McLeod Ganj, nos Himalaias, sede do governo tibetano em exílio e casa do Dalai Lama.
A Expedição Khardung La aceita inscrições de 20 motociclistas mas, quem não tem carta de mota, pode participar como acompanhante. O merecido descanso dos expedicionários será garantido em hotéis de quatro estrelas ou acampamentos de luxo.
Além de Leninha e Inácio (33 anos) – o casal portuense que já perdeu a conta às viagens que fez pelo país – a expedição será acompanhada por uma equipa especializada, incluindo guias indianos especialistas neste percurso e mecânicos peritos nas Royal Enfield.
Dinheiro no bolso e espírito de aventura
Para quem sonha conhecer a faceta menos turística da Índia, esta será uma viagem imperdível. Mas não é para todos, será necessário espírito de aventura e também disponibilidade financeira: a expedição para expedicionário custa 3.100 euros e para acompanhantes 2.500. A viagem de avião até à Índia não está incluída, pelo que, no total, o custo rondará os 4.000 euros.
No entanto, Helena salienta que, para uma expedição desta dimensão, este valor é justo. “Tendo em conta a logística que a expedição exige – como mecânicos, motas, peças sobresselentes, veículo de apoio, hotéis de 4 estrelas e acampamentos de luxo, cinco guias especializados, combustível, voos internos – este valor é ajustado”, salienta.
Se tem tempo, adrenalina e dinheiro no bolso, fica o desafio para integrar esta expedição entre uma das cidades mais populosa da Índia e a paz dos Himalaias, a bordo das Royal Enfield, motas que são um verdadeiro ex-libris indiano.
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