A novidade deste método de datação elaborado pelos investigadores José Luis Lousada e Pacheco Marques é conseguir datar árvores até aos três mil anos de forma “não-destrutiva”. A investigação começou em 2007 com o patrocínio da empresa “Oliveiras Milenares” e encontra-se agora em fase de registo da patente.
No caso da oliveira de Évora, o processo de datação foi facilitado pelo seu “bom estado de conservação e por não conter quase nenhuma zona morta”, explicou ao Ciência Hoje José Luís Lousada. O investigador acredita que, “por estar num jardim e encostada a um mosteiro, alguém deve ter cuidado dela e podado, o que não acontece em muitas árvores que se encontram em estado selvagem”.
Conforme explica comunicado da UTAD, este método “não se baseia na identificação e contagem dos anéis de crescimento, ou na análise de radiocarbono da madeira formada nos primeiros anos de vida da árvore, mas sim através de um parâmetro dendrométrico do tronco das árvores (traduzido por exemplo pela dimensão do raio, diâmetro ou perímetro do tronco), com o qual a idade está bem correlacionada”.
A cerimónia de entrega da certificação da oliveira agora datada, que é anterior ao próprio convento (construído no século XV), decorre a 19 de fevereiro em Évora, numa iniciativa promovida pela empresa “Oliveiras Milenares”.