“É com orgulho que assistimos à vitória de um atleta de Celorico de Basto que tem vindo a fazer uma carreira notável nas artes marciais. Um atleta que pertence a uma associação dedicada e empenhada em fazer o melhor por esta modalidade e que tem levado, sempre pelas melhores razões, o nome de Celorico de Basto além-fronteiras” disse o Presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, Joaquim Mota e Silva. O desporto em Celorico de Basto tem vindo a atingir patamares de excelência como é bem evidente com os resultados atingidos também nas artes marciais chinesas”.
Jorge Pinto é treinado pelo mestre Joaquim Cunha, campeão mundial, que se mostrou satisfeito com os resultados obtidos. “Sabemos da dificuldade que é conseguir atingir resultados deste nível, mas temos a perceção que temos feito um trabalho extraordinário, de muita dedicação e empenho, com muita abnegação e espirito competitivo. Este atleta, como outros, perceberam que só se consegue atingir estes resultados com entrega total à modalidade, e os resultados acabam por surgir” disse.
O campeão, Jorge Pinto, natural de Agilde, iniciou o seu percurso na modalidade em 2011, afirmando que “o grande desafio é vigorar o esforço, a dedicação, a garra e a entrega de corpo e alma a cada treino. Para se ter sucesso é necessário muito trabalho. Comecei a treinar e os treinos não eram fáceis, o corpo e a mente eram levados ao limite para atingiu o máximo de forma possível, sempre com enorme apoio e motivação dada pelo meu mestre, que não deixa os atletas fraquejar”. A entrega e a dedicação eram totais e vê esse esforço recompensado ao fazer parte da equipa para o campeonato nacional e ter conseguido vencer esse título por 3 anos consecutivos (65kg). “Novas oportunidades foram aparecendo tendo conseguido obter grandes vitórias e começado a treinar pela seleção nacional”. Esta vitória compensou todo o trabalho tido até ao momento. “O maior desafio da carreira foi este, sem dúvida. Os treinos continuam duros e cada vez mais intensos, o meu mestre leva o meu corpo ao limite, à exaustão, chegava a desmaiar, voltando a treinar logo de seguida sem poder fraquejar, porque filosofia imposta pelo mestre não deixa que a mente fraqueje face à exaustão do corpo”.
Em Espanha, Jorge Pinto sentiu que “estava preparado física e psicologicamente” para o confronto que se avizinhava. Sonhava trazer o troféu para Portugal e trouxe, categoricamente, com uma vitória sem margem para dúvidas que deixou a Europa rendida ao potencial do atleta Celoricense. “ Foi uma sensação inexplicável, subir ao pódio, numa competição tão prestigiada, vista por centenas de pessoas, um momento de enorme emoção, uma grande felicidade por ter alcançado o objetivo máximo. Uma vitória que consegui graças ao apoio do meu mestre e da minha família”.