Em breve, as embalagens de plástico vão deixar de serem feitas a partir de petróleo. Um projeto europeu criou um bioplástico que é produzido a partir de resíduos biológicos.
Em breve, as embalagens de plástico vão deixar de serem feitas a partir de petróleo. Um projeto europeu que conta com 19 parceiros criou um bioplástico que é produzido a partir de resíduos biológicos.
Os primeiros resultados do projeto Dibbiopack, que está a ser desenvolvido há quatro anos, foram apresentados em Fevereiro, em Madrid (Espanha). O projeto conta com um financiamento europeu na ordem dos 7 milhões de euros.
A aposta do projeto Dibbiopack, coordenado pelo centro tecnológico Aitiip (Espanha), é produzir embalagens 'inteligentes' feitas de bioplástico mas que oferecem as mesmas condições de preservação de alimentos, cosméticos ou medicamentos que as tradicionais embalagens de plástico.
Além de evitar o recurso ao petróleo, o projeto promove também o reaproveitamento dos desperdícios orgânicos, sobretudo vegetais. Ou seja, um novo tipo de plástico que promove a economia circular e sustentável.
Os engenheiros do centro tecnológico Aitiio, em Saragoça, estão a misturar desperdícios agrícolas, submetidos a altas temperaturas, com nano-aditivos para criar estes polímeros (plásticos) biológicos.
Além de serem biodegradáveis (prevenindo por exemplo a grave poluição dos mares que ameaça as espécies marinhas), os novos plásticos são também inteligentes: combatem os micróbios e são sensíveis ao oxigénio pelo que mudam de cor conforme a quantidade de O2 que estiver presente no interior da embalagem, o que permite controlar melhor a oxidação e a qualidade de alimentos.
Os investigadores afirmam que o processo de produção destas embalagens é muito semelhante ao processo das embalagens tradicionais (apostando na injeção de plástico aquecido e líquido em moldes onde depois solidifica) e acreditam que, em breve, esta técnica será utilizada a nível industrial.