Pelo feito histórico, os populares já o apelidam de “Obama de Piran”; os analistas, por seu lado, reconhecem que os resultados desta eleição revelam que o país está “mais maduro” ao escolher um “representante político que não é branco”, avança o Público.
A mesma posição é reiterada por Bossman: “Dificilmente se pode dizer que sou o típico cidadão esloveno, mas o facto de ter sido eleito mostra com clareza o nível de democracia existente na Eslovénia”.
Peter Bossman, de 54 anos, chegou à Eslovénia na década de 1970, para estudar medicina. Casou com uma colega de faculdade, Karmena, oriunda da Croácia, com quem teve duas filhas, e decidiu fixar-se no país. No entanto, ainda não fala esloveno fluentemente, o que lhe valeu um grande número de críticas negativas.
Bossman defendeu-se dizendo que já está a ter aulas adicionais da língua e reforça que, apesar de ser oriundo do Gana, a sua casa é em Piran: “Esta é a minha casa agora. Vou ao Gana a cada dois anos para visitar a minha mãe, mas Piran é que é a minha casa. E o meu pai sempre me disse que se pudermos, temos que ajudar a sociedade, a comunidade a que pertencemos”.