O governo de Barack Obama tem estado, nas últimas semanas, a procurar uma forma de responder à violência provocada pela posse de armas, sobretudo desde a tragédia na escola de Newtown, que matou 20 crianças no final de 2012.
A aprovação da nova lei surge deste esforço do Executivo e Nova Iorque torna-se, assim, o primeiro estado norte-americano a proibir a venda de armas militares, antecipando-se a Washington. A proposta passou pelo Senado, na segunda-feira, e depois pela Assembleia Legislativa, conseguindo 104 votos a favor e 43 contra.
“Estou orgulhoso de poder fazer parte deste governo, não só porque Nova Iorque tem a primeira lei, mas porque Nova Iorque tem a melhor lei contra as armas”, disse Andrew M. Cuomo, governador de Nova Iorque, ao The New York Times, acrescentando que os crimes cometidos nos últimos meses com recurso a este tipo de armas exigiam uma tomada de atitude urgente.
Durante a Assembleia Legislativa, vários foram os republicanos que se mostraram contra a proibição das armas de fogo. No decorrer da sessão, o deputado Thomas J. Abinanti alertou, porém, que “muitas pessoas morreram até chegarmos a este ponto”, cita o The New York Times.
“A Segunda Emenda não garante o direito de usar armas para matar inocentes, professores e crianças e esta é a mensagem que temos que enviar”, defendeu.
A aprovação desta medida em Nova Iorque poderá servir de incentivo aos outros estados norte-americanos e levá-los a seguir o mesmo caminho. Esta quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o vice-presidente, Joe Bidem, devem apresentar as medidas ao país.
Segundo adianta o jornal norte-americano, a aprovação desta lei fará com seja mais fácil manter as armas de fogo longe das pessoas consideradas mentalmente doentes e, ao mesmo tempo, impôr sanções àqueles que que fizerem uso deste tipo de armas com fins criminosos.