Quando, na companhia de uma amiga, atirou ao mar uma garrafa com uma mensagem na década de 1970, Susan Cordell não esperava ter qualquer retorno. Mas, 40 anos depois, a norte-americana acaba de ser surpreendida com uma resposta.
Quando, na companhia de uma amiga, atirou ao mar uma garrafa com uma mensagem na década de 1970, Susan Cordell não esperava ter qualquer retorno. Mas, 40 anos depois, a norte-americana acaba de ser surpreendida com a resposta de um casal que encontrou o “tesouro” da sua adolescência numa praia no Alasca, a mais de 5.000 quilómetros de distância.
Foi no Verão de 1975 que Cordell e um amiga, entediadas e desejosas de encontrar alguma diversão, decidiram, num impulso, lançar ao mar uma garrafa na cidade marítima de Port Townsend, em Washington, onde residiam.
“A mãe da minha amiga era dona de um restaurante e ela tinha um recibo na mala. Eu tinha um papel de subscrição de uma revista. Lembrámo-nos de escrever uma carta rápida, encontrámos uma garrafa e atirámo-la”, recorda a norte-americana em entrevista à cadeia de televisão local Q13Fox.
Com o tempo, as duas jovens acabaram por se esquecer do sucedido – pelo menos até ao passado mês de Abril, quando, depois de quatro décadas, Mikki Stazel e o namorado se depararam com a garrafa numa praia do Alasca, também nos EUA, enquanto passeavam o cão e decidiram iniciar uma busca pelas autoras.
Susan Cordell já enviou recompensa ao casal
Ao abrir a garrafa, o casal encontrou dois papéis envelhecidos, um deles assinado por Susan Cordell, de Port Townsend, e que prometia uma recompensa a quem a encontrasse. Graças às redes sociais, Stazel conseguiu entrar em contacto com a responsável pela mensagem. “Quando me contactaram, lembrei-me logo de ter atirado a garrafa ao mar, e respondi-lhes de imediato a dizer que sim, era eu”, conta.
De acordo com uma amiga de Cornell, especialista em oceanografia, é possível que a garrafa tenha seguido as correntes oceânicas e viajado no sentido inverso ao dos ponteiros do relógio, passando pelo Havai, nos EUA – onde a autora da mensagem reside atualmente – até à China e à Rússia e regressando, depois, ao Alasca.
“O facto de a garrafa não se ter partido e ter chegado em segurança à areia da praia… sou cientista, portanto sei que, estatisticamente, uma história como esta é quase impossível”, admite a norte-americana. “Sem dúvida que [o facto de a mensagem ter sido encontrada] me fez sentir que tudo é possível”, confessa.
A mesma opinião é partilhada por Stazel, que já recebeu no correio a recompensa por ter encontrado a garrafa: café e chocolates produzidos na quinta de Cornell no Havai. “Sinto-me especial por ter sido eu a encontrá-la e por poder partilhar a história, mas o melhor de tudo é o lado humano”, garante.