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O governador do estado de Wisconsin, nos Estados Unidos, salvou uma fêmea de veado da execução graças aos leitores do jornal norte-americano Chicago Tribune, que se insurgiram contra o abate de Charlotte.
Para compreender a génese da história é preciso recuar mais de um ano: há cerca de 15 meses, um homem de 49 anos, Marvin Graaf, encontrou o animal, ainda bebé, na berma de uma estrada onde a mãe fora atropelada. Incapaz de o abandonar, levou-o para casa e cuidou dele, alimentando-o através de um biberão.
Porém, retirar a corça do seu habitat natural trouxe-lhe problemas: o Estado acusou-o de agir sem autorização, ameaçando-o com uma pena de prisão até oito meses e com uma multa superior a 2.000 dólares, a menos que entregasse Charlotte ao Departamento de Recursos Naturais do Wisconsin, para ser abatida “de forma humana” por meio da eutanásia.
Isto porque o animal nascera numa zona com grande incidência de doença emanciante crónica, uma enfermidade que muito afeta a espécie, pelo que a lei não permite que estes veados vivam com humanos, uma vez que ao saírem do seu envolvimento doméstico existe o risco de espalharem a doença.
Mobilização popular foi decisiva
A história chegou à comunicação social e as reações dos populares não se fizeram esperar. Centenas de leitores do Chicago Tribune telefonaram e enviaram e-mails de indignação aos responsáveis políticos, pressionando-nos no sentido de salvar Charlotte, e acabaram por ser bem-sucedidos.
Scott Walker, governador do Wisconsin, garantiu, numa nota à imprensa, que não permitirá o abate do animal e as autoridades estatais estão já a trabalhar no sentido de encontrar uma solução para o seu futuro, que poderá passar por um refúgio de vida selvagem.
Entretanto, Marvin Graaf agradeceu aos populares todos os esforços. Em declarações ao Chicago Tribune, disse não saber “como retribuir” e frisou que as pessoas fizeram um trabalho “fantástico”. “Quero agradecer-lhes por tudo. Eles quiseram salvar a vida da Charlotte. Eu não sabia o que fazer, com quem falar e como o fazer, mas eles fizeram-no”, concluiu.
[Notícia sugerida por Raquel Baêta]