O estudo desenvolvido na universidade King's College de Londres revela que os atuais procedimentos para o tratamento desta doença inflamatória não têm eficácia e que o próprio organismo aprende a rejeitá-lo. Os medicamentos utilizados nestas terapias são principalmente compostos por esteroides.
Segundo o comunicado publicado esta segunda-feira na página oficial da universidade, este composto orgânico entra em choque com o IL-17A, “um químico natural que ajuda o corpo a defender-se de infeções” e que “reduz a resposta dos esteroides quando é produzido em grandes quantidades” pelo organismo.
Para observar este comportamento, os investigadores britânicos contaram com a participação de 18 voluntários com asma e com altos níveis de resistência aos esteroides, de 10 doentes que tinham boa resposta a este composto e de 10 pessoas saudáveis num grupo de controlo.
“Os resultados mostraram que os pacientes com asma tinham níveis muito superiores de IL-17A, do que aqueles que não tinham a doença”, explica o comunicado da King's College de Londres.
Em observações futuras, depois de administrarem vitamina D aos participantes, os cientistas conseguiram observar que “enquanto os esteroides não conseguiam baixar os níveis de produção de IL-17A nas células de pacientes com asma, a vitamina D reduzia significativamente essa produção”.
“Estas descobertas são entusiasmantes porque mostram que a vitamina D pode um dia ser usada não só para o tratamento dos pacientes resistentes aos esteroides, como também ajudar a reduzir as doses de esteroides administradas, reduzindo o risco de efeitos secundários nocivos”, explica Catherine Hawrylowicz, líder da investigação.
O próximo passo dos cientistas britânicos é avaliar “as potencialidades da vitamina D como potencial tratamento”. Catherine Hawrylowicz referiu à King's College de Londres que os novos estudos já estão a decorrer.
A vitamina D pode ser encontrada em alimentos como o atum, a sardinha, os cogumelos, o leite, o ovo e o iogurte. A exposição moderana ao sol também desencadeia a produção desta substância.
Clique AQUI para consultar o estudo publicado esta sexta-feira no Journal of Allergy and Clinical Immunology (em inglês).