Responsabilidade, disponibilidade para aprender e trabalho em equipa são alguns dos requisitos essenciais para os empregadores, segundo o "Faz-te ao Mercado", um estudo feito pela TESE, apresentado hoje à imprensa.
Responsabilidade, disponibilidade para aprender e trabalho em equipa são alguns dos requisitos essenciais para os empregadores, segundo o “Faz-te ao Mercado”, um estudo feito pela TESE que foi esta segunda-feira apresentado à imprensa.
A investigação revela o top 5 das 'soft skills' – competências pessoais e sociais transversais, que facilitam as interações em contexto de trabalho e promovem a performance profissional . mais valorizadas pelos empregadores que podem determinar a empregabilidade dos jovens.
As cinco principais características prendem-se com a responsabilidade, a disponibilidade para aprender, a proatividade e iniciativa, a motivação e o trabalho de equipa, num estudo que pretende travar o aumento do desemprego jovem em Portugal, situado nos 35,5% em Julho de 2014, segundo dados do Eurostat.
Para Ana Oliveira, investigadora da TESE, “verifica-se um desalinhamento entre a autoavaliação que os jovens fazem das suas competências e a percepção que os empregadores têm das mesmas”.
Os elementos como “trabalho de equipa e resiliência, valores extremamente valorizados pelas entidades empregadores, (…) são pouco considerados pelos jovens”, revelou ainda a investigadora.
A solução passa, segundo a TESE, por um autoreconhecimento por parte dos jovens, no que respeita às competências sociais, pela existência de programas de mentoria e desenvolvimento de talentos e pela criação de ferramentas que levem ao acompanhamento de estagiários ao abrigo de programas públicos de incentivo ao emprego, como os estágios profissionais do IEFP.
As atividades 'extra-escola' (programas de mobilidade internacional do estilo Erasmus), atividades de voluntariado ou experiências profissionais em paralelo com o percurso académico, apresentam-se como forma de diferenciação, determinantes na seleção feita pelos empregadores.
Segundo Helena Gata, diretora-executiva da TESE, “os jovens tendem a sobrevalorizar-se” ao sobrepor as competências técnicas às competências sociais e “não têm conhecimento de como funciona o mercado de trabalho”.
Plataforma online vai promover empregabilidade
A partir da próxima terça-feira, dia 30, estará disponível gratuitamente uma plataforma online, criada pela TESE, onde se apresentarão as linhas orientadores para o aumento da empregabilidade jovem, dirigido a instituições de ensino e empregadoras.
O estudo “Faz-te ao Mercado” contou com a participação de 434 jovens num total de 16 'focus groups', técnica utilizada na pesquisa de mercado qualitativa.
O estudo teve ainda como base um total de dez entidades de ensino, entre ensino profissional e superior, e 84 entidades empregadores, de vários setores do mercado.
A organização teve ainda a colaboração de entidades da sociedade civil, como Santa Casa da misericórdia do Porto, a InLoco, ONG para o desenvolvimento e cidadania, e a Sea, uma agência de empreendedores sociais, num estudo de âmbito nacional.
O estudo foi financiado pelo Programa Operacional de Assistência Técnica do Fundo Social Europeu e pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) e resulta de uma parceria entre o Instituto Português do Desporto e da Juventude, da Fundação da Juventude e da Associação Empresarial de Portugal.
A TESE é uma organização não governamental para o desenvolvimento, constituída em 2002, que procura criar e implementar respostas inovadoras para o desenvolvimento social, igualdade de oportunidades e qualidade de vida.
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