Um estudo da Universidade de Groningen (UG), na Holanda, revelou que fofocar é uma fonte de autoavaliação para os indivíduos e que é uma parte natural das nossas vidas.
Um estudo da Universidade de Groningen (UG), na Holanda, revelou que fofocar é uma fonte de autoavaliação para os indivíduos e uma parte natural das nossas vidas, sendo benéfico para a autoestima. A investigação foi publicada na revista científica Personality and Social Psychology Bulletin.
Elena Martinescu, Onne Janssen e Bernard Nijstad, autores do estudo da Faculdade de Economia e Negócios da UG, investigaram o efeito da “fofoca” positiva e negativa na forma como o destinatário se autoavalia, observando um efeito diferente entre homens e mulheres.
A equipa de investigadores concluiu que os indivíduos que ouviram uma “fofoca” positiva aumentaram o valor de autoaperfeiçoamento, ao passo que os que ouviram “fofocas” negativas aumentaram o valor de autopromoção, autoproteção e preocupação.
“Ouvir histórias positivas sobre outros pode ser informativo, porque sugere maneiras de se melhorar a si mesmo”, explicou Elena Martinescu no comunicado da UG. As “fofocas” negativas podem, também, ser boas para a autoestima, porque sugerem que os outros funcionam pior do que nós, acrescentou.
De acordo com o estudo, as mulheres com quem são partilhadas “fofocas” negativas passam por um momento de autoproteção por terem receio de enfrentar o mesmo destino que a pessoa alvo da fofoca, enquanto os homens que ouvem “fofocas” positivas mostram algum medo pelo facto de as comparações sociais serem ameaçadoras do seu estatuto.
Na opinião dos investigadores, a “fofoca” deve ser aceite “como uma parte natural das nossas vidas” porque é “uma valiosa fonte de conhecimento sobre nós mesmos, levando a que nos comparemos com as pessoas sobre as quais incidem”.
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Notícia sugerida por Maria da Luz