O estudo foi realizado com recurso a imagens do sistema de visualização e análise de dados da NASA, designado por “Giovanni“. Vasco Mantas mais dois colegas analisaram “imagens de satélite de uma região do Oceano Pacífico, na faixa sudoeste, junto a Tonga, após a erupção de um vulcão submarino e descobriu que se produziu um bloom no aparecimento de microalgas naquela zona”.
Existem teorias que sustentam que a “cinza vulcânica pode originar o tipo de fenómeno agora observado, mas esta é a primeira vez que se documenta o aparecimento de vida a partir dos efeitos da atividade de um vulcão submarino”, sublinhou o biólogo à agência Lusa.
A investigação levada a cabo por Vasco Mantas – com a colaboração de A.J.S.C. Pereira e Paula V. Morais no âmbito da sua atividade no Laboratório de Deteção Remota e Sistemas de Informação Geográfica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC – teve a duração de cinco meses.
“O surgimento de microalgas em zonas do oceano onde não seria suposto existirem tem consequências, por exemplo, na cadeia alimentar, fazendo aumentar a carga de peixe, e na diminuição da quantidade de dióxido de carbono que é lançado para a atmosfera”, explicou.
Vasco Mantas salienta que a investigação levanta “algumas questões sobre a possibilidade deste tipo de acontecimentos ter tido um impacto ao longo da história da vida em situações em que a atividade vulcânica foi mais intensa.”
[Notícia sugerida por Raquel Baêta]