Uma investigação da Universidade Católica Portuguesa no Porto poderá pôr fim ao abate de pinheiros com doença fatal.
Os resultados de uma investigação realizada na Universidade Católica Portuguesa no Porto poderão pôr fim ao abate de pinheiros infetados com nemátode da madeira, doença fatal para estas árvores que se alastra a nível mundial.
Até ao momento, o abate era a única solução encontrada para fazer face a esta infeção que tem destruído extensas áreas de pinhal por todo o mundo. Em Portugal, a praga tem-se agravado cada vez mais, gerando preocupações para a área da indústria da madeira e para a economia nacional.
Num comunicado de imprensa enviado ao Boas Notícias, a Universidade explica que o estudo desenvolvido pela Escola Superior de Biotecnologia (ESB) da Católica concluiu que é possível identificar os genes de resposta à doença através da engenharia genética e da biologia molecular.
A equipa de investigadores encontrou os mecanismos moleculares de defesa utilizados pela espécie contra a infestação de nemátode que permitem compreender melhor a doença e delinear estratégias essenciais para um combate eficaz.
Mais de um milhão de sequências foram reconhecidas e os genes de resposta produzidos pelas espécies de pinheiros bravo e manso foram identificadas. O estudo foi ainda aplicado a abetos e ciprestes que se mostraram a salvo da praga por deterem mecanismos de resistência à nemátode da madeira do pinheiro.
Com as soluções encontradas pelos investigadores da ESB é ainda possível reduzir a desvalorização do preço da madeira, que atinge atualmente os 50 por cento, bem como os custos de produção que revelam aumentos de cerca de 15 por cento nas zonas afetadas em todo o mundo.