Os investigadores da Universidade Eberhard Karls de Tubinga analisaram a atividade do cérebro de onze voluntários enquanto dormiam ao som da música. Nas várias sessões de testes os participantes foram submetidos a melodias com diferentes ritmos.
Os resultados do estudo, publicado este mês na revista Cell Press, revelam que as principais alterações ocorrem durante o período do sono uni-hemisférico, fase de descanso em que o cérebro retém a maior parte da memória.
Por outro lado, os investigadores alemães verificaram que o aumento da memória só se deu em casos onde a música estava de acordo com o ritmo das próprias oscilações cerebrais. A música que estivesse dessincronizada em relação a esta atividade não teve qualquer efeito.
Jan Born, coautor do estudo, salienta que existe “beleza na simplicidade de aplicar um estímulo auditivo numa baixa intensidade”. O investigador explica, citado pela Cell Press, que esta descoberta constitui uma “séria ferramenta clínica para tratar o ritmo do sono”.
Os autores deste estudo esperam conseguir melhorar a qualidade do sono de pessoas com distúrbios e contribuir para uma melhor saúde e bem-estar do corpo humano a vários níveis.
“Poderá até ser usado para fortalecer outros ritmos cerebrais com uma importância funcional, tal como os ritmos que ocorrem enquanto estamos acordados e que são responsáveis pela capacidade de atenção”, explica Jan Born.
Clique AQUI para aceder ao comunicado da Cell Press (em inglês).