O estudo foi realizado por investigadores de Taiwan e contou com 1.850 pessoas de 65 ou mais anos. As conclusões indicaram que os indivíduos que saem diariamente para ir às compras têm maior longevidade que aqueles que não adotaram o hábito com a mesma frequência.
De acordo com a equipa de investigadores, que publicou o trabalho na revista cientifica Journal of Epidemiology & Community Health, a “terapia das compras” representa uma oportunidade de se exercitar, manter uma dieta saudável e uma vida social ativa.
“Fazer compras normalmente tem a finalidade de lazer, com um potencial de aumento no bem-estar”, escrevem os pesquisadores, no estudo coordenado por Yu-Hung Chang, do Instituto de Ciências de Saúde Populacional de Taiwan.
“Comparado com outros tipos de atividades que combinam lazer e exercícios físicos – como por exemplo, exercícios regulares, que normalmente requerem motivação e algumas vezes instrução profissional -, o ato de fazer compras é uma atividade fácil de ser realizada e mantida”, explicou citado pela BBC News.
O especialista britânico David Oliver, ouvido pela BBC, diz que a conclusão “faz sentido”, já que sair às compras promove estímulos físicos e mentais, assim como interação social.
“Fazer compras normalmente envolve atividade física, interação social com outros consumidores e, sendo uma atividade complexa, vai manter o indivíduo mentalmente ativo”, admitiu o especialista.
A pesquisa dos investigadores de Taiwan cruzou os dados de uma pesquisa feita em 1999-2000, no qual os entrevistados diziam com que frequência iam às compras.
Depois, a equipa acompanhou a longevidade dos entrevistados por meio do registo nacional de óbitos, entre 1999 e 2008.
Concluíram aqueles que faziam compras diariamente tinham 27% menos chance de morrer que aqueles que mantinham o hábito apenas uma vez por semana ou menos.
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