A felicidade organizacional é sinónimo de produtividade, sucesso a longo-prazo e diferenciação, gerando força de mercado e conduzindo à liderança das empresas nas suas áreas de atividade, concluiu um estudo português.
A felicidade organizacional é sinónimo de produtividade, sucesso a longo-prazo e diferenciação, gerando força de mercado e conduzindo à liderança das empresas nas suas áreas de atividade. A conclusão é de um estudo português desenvolvido na Universidade Portucalense (UPT), no Porto, acerca do poder económico da felicidade organizacional.
O estudo, da responsabilidade de Mário Andrade, mestre em Gestão pela UPT orientado pelo primeiro doutorado em Economia da Felicidade, Gabriel Leite Mota, analisou três casos de sucesso de empresas portuguesas: a Delta Cafés, a Bruno Janz e a Novabase.
As três empresas integradas no estudo da UPT foram escolhidas “por terem capital exclusivamente ou maioritariamente nacional, serem independentes, de áreas de atividade diferentes e líderes no mercado nacional”.
Por intermédio de entrevistas semi-estruturadas, inquéritos e visitas às respetivas companhias, o autor do estudo procurou verificar a prática de felicidade organizacional nessas empresas, bem como o poder económico que advém dessa mesma prática.
“A construção da 'felicidade organizacional' é um processo temporal, normalmente de médio ou mesmo de longo-prazo, que gera vantagens competitivas ao nível da produtividade e motivação, da criatividade, da inovação, da satisfação, da flexibilidade, do reduzido absentismo, da baixa rotatividade dos recursos humanos, da fixação de valores, da crescente notoriedade e confiança na marca, do sentido de pertença e do compromisso com a empresa”, explica Mário Andrade em comunicado enviado ao Boas Notícias.
Ao longo do estudo, o especialista identificou dois tipos distintos de práticas de felicidade organizacional: a intrínseca (“que resulta de um genuíno cariz humanista que remonta às suas origens) e a extrínseca (“de negócio ou instrumental, isto é, implementada no sentido de dinamizar o poder criativo da organização, do qual depende por força da atividade que exerce”).
A investigação revelou ainda que, apesar de ser fundamental a obtenção de lucro por parte das empresas, aquelas que se focam exclusivamente nesse aspecto estão, normalmente, condenadas ao insucesso, uma vez que o panorama industrial português tem vindo a mostrar que as empresas que mais se destacam são as que levam a sério o tema da 'felicidade organizacional' e da 'responsabilidade social interna e externa'.
A Universidade Portucalense Infante D. Henrique (UPT) é um estabelecimento de ensino superior que iniciou a sua atividade na cidade do Porto em 1989, ministrando cursos nas áreas do Direito, Ciências da Educação e do Património, Ciências Económicas e Empresariais e Inovação, Ciência e Tecnologia.