A relação entre o tempo de sono e a obesidade já tinha sido identificada por vários cientistas, sugerindo que um défice nas horas dormidas contribuía para o risco de aumento de peso e de desenvolvimento de diabetes. A presente investigação, refere o Science Daily, pretendia descortinar como é que dormir mais pode ajudar a perder peso.
Assim sendo, foi analisado o modo como um sono curto influencia a fome e a atividade física do dia seguinte. Através de testes que recorreram a aparelhos especiais de medição da pulsação, os cientistas concluíram que a privação do sono conduz a uma menor quantidade de calorias queimadas.
De um modo geral, quanto mais se dorme, mais calorias se queimam, uma vez que o corpo utiliza uma quantidade significativa de energia durante o sono e o descanso potencia um nível mais elevado de atividade física.
Por outro lado, uma noite mal dormida tem efeitos diretos na fome que se sente no dia seguinte. Após experiências realizadas com voluntários, concluiu-se que a falta de descanso do organismo leva ao aumento da hormona da fome. Esta situação desencadeia, automaticamente, a vontade de consumir alimentos mais calóricos.
Face a estes novos dados, as investigações estão, agora, orientadas para a possibilidade de controlar o peso dos seres humanos através de um aumento do tempo de sono. Caso o procedimento seja bem-sucedido poderá evoluir para um método natural de tratamento da obesidade e da diabetes.
O estudo, financiado pelo German Research Foudation (DFG – sigla original), tem apresentação agendada para o 20º Encontro Anual da Society for the Study of Ingestive Behavior (SSIB). O evento decorre ainda este mês em Zurique, na Suíça.