As reservas de cobalto, a energia, a biodiversidade e o progresso científico são as grandes mais-valias decorrentes da extensão da plataforma continental portuguesa, cuja proposta está a ser avaliada pelas Nações Unidas (ONU).
Este foi um estudo recentemente divulgado e publicado pelo Departamento de Prospetiva, Planeamento e Relações Internacionais, tutelado pelo Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território.
O estudo “Extensão da Plataforma Continental: Uma Oportunidade para a Economia Portuguesa” destaca uma “projeção internacional de Portugal muito significativa”.
Segundo a Lusa, uma das vantagens apontada pelas autoras do estudo, Fátima Azevedo e Susana Escária, é o acesso a reservas de cobalto, uma vez que “a colocação de selos da delimitação portuguesa abrange uma área nos Açores que integra reservas de cobalto equivalentes a 25 por cento do consumo mundial”, ou seja, 217 milhões de euros por ano.
Nesta área encontram-se vários minerais importantes, como o cobalto, que é utilizado sobretudo na produção de ligas metálicas usadas em turbinas.
O cobre, o manganês e o níquel são outros dos minerais presentes na nossa plataforma. O primeiro é utilizado em fios elétricos e moedas, o manganês e o níquel são utilizados sobretudo na produção de ligas metálicas e baterias.
A proposta na ONU
A proposta de extensão da plataforma continental foi apresentada por Portugal em Maio de 2009.
Caso as Nações Unidas aceitem o o pedido de alargamento, Portugal passa a ter sob sua influência 350 milhas náuticas, equivalentes a uma zona económica exclusiva de 2,15 milhões de quilómetros quadrados, contra os 1,85 milhões de quilómetros quadrados atuais.
A ONU só se pronunciará sobre o pedido de extensão da plataforma continental em 2013 ou 2014.
[Notícia sugerida por Patrícia Guedes]