Os raios gama emitidos pela nebulosa atingem uns impressionantes 100 gigas elétron-Volts, ou seja, 100 mil milhões de vezes mais energia que a luz visível.
A Nebulosa de Caranguejo é uma estrela de neutrões em rápida rotação resultado de uma supernova espetacular há quase mil anos. Enquanto gira, a Nebulosa de Caranguejo emite raios eletromagnéticos, como um farol que varre a Terra cerca de 30 vezes por segundo, explica a BBC.
Apesar de ser um elemento de estudo recorrente para especialistas de todo o mundo, a verdade é que a estrela contínua a fascinar os astrónomos. Existe um modelo que regista um limite de quão energéticos os fótons podem ser. Neste estudo publicado recentemente, investigadores revelam que as emissões do pulsar do núcleo da estrela extravasam todas as expectativas.
“Estas energias são muito muito maiores do que tinha sido previamente pensado que podia ser”, explicou Nepomuk Otte do Instituto de Partículas Físicas de Santa Cruz, na Califórnia, um dos autores. “Esta é uma mudança radical na imagem que tínhamos sobre os raios gama provenientes do pulsar das nebulosas”.
As pesquisas vão prosseguir, de forma a desvendar a razão por detrás deste enigma, diz a BBC. Para isso os investigadores vão realizar mais observações. As imagens agora captadas foram conseguidas pelo telescópio Veritas – Very Energetic Radiation Imaging telescope Array System.
Os raios gama que chegam à Terra são invisíveis a olho nu. No entanto, quando a estrela explodiu, crê-se que o seu brilho foi de tal forma intenso que os antigos chineses e índios registaram o evento.
[Notícia sugerida por Raquel Baêta]