A esquizofrenia é uma doença que muitas vezes tem origem genética, embora seja hereditária numa pequena percentagem de casos. O novo estudo, liderado por Maria Karayiorgou, do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, conseguiu encontrar uma elevada frequência de novas mutações – ou erros genéticos – que estão presentes nos doentes com esquizofrenia mas que não existem nos seus pais.
A equipa norte-americana estudou o genoma de 53 doentes e de outras 22 pessoas não afetadas pela esquizofrenia bem como dos seus pais.
A análise permitiu identificar cerca de 40 novas mutações relacionadas com esta patologia, até agora desconhecidas.
“A identificação destas mutações transformou profundamente o conhecimento das bases genéticas da esquizofrenia”, segundo explica Bin Xu, um dos principais investigadores do estudo num comunicado.
Para o especialista, o que é “particularmente fascinante” é que as mutações são em genes distintos, “o que sugere que pode haver muitas mais mutações do que pensamos, que possam contribuir para a esquizofrenia. Provavelmente isto deve-se à complexidade dos circuitos neurológicos afetados pela doença”.
O trabalho recorda ainda que existem outros fatores desencadeadores da patologia, que não só os genéticos, dos quais se destacam os fatores ambientais.
A esquizofrenia afeta milhões de pessoas em todo o mundo, estimando-se que atinja uma em cada 100 pessoas. Caracteriza-se por problemas nos circuitos cerebrais alterando o pensamento, perceções e comportamento.
Leia AQUI o resumo do estudo.