Dois esqueletos com mais de 700 anos foram descobertos de mãos dadas numa capela centenária encontrada por um grupo de arqueólogos britânicos em Hallaton, uma aldeia localizada em Leicestershire, Inglaterra.
Dois esqueletos com mais de 700 anos foram descobertos de mãos dadas numa capela centenária encontrada por um grupo de arqueólogos britânicos em Hallaton, uma aldeia localizada em Leicestershire, Inglaterra, que terá sido, no passado, um local de peregrinação.
A descoberta aconteceu durante uma série de escavações que têm vindo a ser desenvolvidas ao longo dos últimos quatro anos por uma equipa da Universidade de Leicester e de voluntários locais, que encontraram, ao todo, nove esqueletos que deverão datar do século XIV.
Em entrevista à imprensa inglesa, Vicky Score, arqueóloga daquela universidade responsável pela coordenação das escavações, explica que os esqueletos do casal descoberto de dedos entrelaçados indicam que o homem e a mulher deveriam ter idades aproximadas e que deverão ter sido enterrados naquela área por razões específicas.
“Já encontrámos esqueletos em posições semelhantes em Leicester e vários outros casais que foram sepultados juntos. A questão é: porque é que foram enterrados aqui quando havia uma igreja em Hallaton?”, questiona Score, citada pelo Daily Mail, acrescentando que os corpos podem ter sido recusados por se tratarem de criminosos, estrangeiros ou doentes.
Em entrevista ao jornal local Leicester Mercury, a investigadora destaca que a importância deste achado se deve ao facto de terem sido também detetados, sob a capela de St. Morrell, vestígios de um edifício romano que indicam que “o local terá sido utilizado para fins especiais por seres humanos desde há mais de 2.000 anos”.
A equipa de arqueólogos espera que os trabalhos ajudem a preencher a ausência de informação existente acerca da época que se estendeu, em Leicestershire, entre os períodos romano e medieval. “Falta-nos compreender cerca de 500 anos. Não sabemos o que aqui aconteceu durante esse tempo”, conclui.
Anteriormente, arqueólogos turcos tinham já descoberto na província de Diyarbakir, na Turquia, dois esqueletos – um pertencente a um homem e outro a uma mulher – abraçados e enterrados há mais de 3.000 anos.
À data, o arqueólogo Halil Tekin, responsável pelo achado, esclareceu que a forma como foram sepultados indicava que “eram amantes” e que “uma doença ou mesmo um crime passional poderá ter sido a causa das suas mortes”.