“Estas plantas selvagens contêm traços genéticos que podem ser utilizados para tornar as culturas agrícolas mais resistentes e versáteis, face às alterações do clima esperadas para os próximos anos”, adianta um comunicado do Global Crop Diversity Trust.
A Noruega contribuiu com 50 milhões de dólares de financiamento, cerca de 37,7 milhões de euros, que servirão para subsidiar o projeto durante dez anos em que serão procuradas 23 espécies alimentares como a alfafa (ou luzerna), feijão, lentilhas e ervilhas.
A expedição conta ainda com o apoio do Jardim Botânico Real britânico, os Kew Gardens, no Surrey. De acordo com esta instituição um quinto das espécies de plantas do mundo está ameaçado de extinção.
“Todas as nossas culturas provêem de espécies selvagens. Foi assim que a agricultura começou”, explicou Cary Fowler, diretor executivo da Global Crop Diversity Trust.
“Essas plantas estavam muito bem adaptadas aos climas do passado. As alterações climáticas exigem que regressemos à natureza para encontrar essas espécies de modo a no futuro enfrentarmos situações climatéricas mais duras e exigentes. E precisamos de o fazer enquanto as plantas ainda não se extinguiram”, acrescentou citado pela Press Association.
Depois de encontradas as espécies pretendidas serão armazenadas nos Kew Gardens e no Svalbard Global Seed Vault, na Noruega que recolhe e armazena todo o tipo de sementes numa espécie de cofre-forte.