O júri justificou a atribuição do prémio ao filme “pelo seu uso evocativo e dialéctico das fotografias e das vozes dos prisioneiros políticos para sacudir o passado criminal e trágico” de Portugal durante o regime salazarista.
“48” revela os testemunhos de todos os entrevistados da realizadora, sobrepostos às fotografias a preto e branco que foram tiradas à época pela PIDE às pessoas que foram detidas e torturadas.
Recorde-se que o documentário de Susana Sousa Dias havia já sido distinguido no ano passado com o prémio FIPRESCI, no Dok Leipzig, na Alemanha, o Grande Prémio do Cinema du Réel, em França, e o prémio Opus Bonum para Melhor Documentário Mundial no Festival Internacional do Filme Documentário de Jihlava, na República Checa.
“48” chega às salas de cinema nacionais ainda este mês, no dia 31.
[Notícia sugerida pelo utilizador Vítor Fernandes]