Estima-se que, neste momento, haja mais de 200 exemplares de linces ibéricos nas duas únicas populações viáveis em Espanha, em Serra Morena e em Doñana. De acordo com o responsável espanhol pela conservação da espécie, em 2002 existiriam apenas
[Fotografia: © Programa de Conservación Ex-situ del Lince Ibérico]Estima-se que, neste momento, haja mais de 200 exemplares de linces ibéricos nas duas únicas populações viáveis em Espanha, em Serra Morena e em Doñana. De acordo com o responsável espanhol pela conservação da espécie, em 2002 existiriam apenas 66 animais.
Os esforços de conservação in situ na Andaluzia começaram “a sério” no ano 2000, com a realização de um censo para avaliar a situação da espécie em estado selvagem.
Para Miguel Simón, coordenador do programa de conservação naquela região espanhola, o declínio do lince deve-se maioritariamente ao facto de este ser um predador muito especializado – a sua alimentação assenta no coelho-bravo -, à fragmentação do habitat e ao furtivismo.
Contudo, os esforços das autoridades estão a revelar-se frutíferos: segundo do dados mais recentes, referentes a 2009, existem, pelo menos, 160 linces na Serra Morena, dos quais 40 fêmeas e 48 crias. Em Doñana a população é mais fragmentada, registando-se um total de 66 linces, dos quais 18 fêmeas e 21 crias.
“Esta é uma população pequena, que esteve isolada durante décadas, o que levou a uma diminuição da variabilidade genética”, explica Simón, citado pelo Público. Ainda assim, o especialista em conservação in situ acredita que a população de Doñana “parece agora começar a recuperar”.
Simón anunciou também a introdução de um casal de linces em Doñana, prevista para este ano.