A segunda maior retrospetiva da obra de Paula Rego realizada em Espanha desde 2007, que encerrou no domingo no Museo de Arte Contemporáneo (MAC) da Galiza, recebeu mais de 16 mil visitantes desde a inauguração, em Abril.
A segunda maior retrospetiva da obra de Paula Rego realizada em Espanha desde 2007, que encerrou no domingo no Museo de Arte Contemporáneo (MAC) da Galiza, recebeu mais de 16 mil visitantes desde a inauguração, que aconteceu a 7 de Abril deste ano.
De acordo com informações avançadas à Lusa pelo gabinete de comunicação do MAC, a exposição “Fábulas Reais”, que reuniu 50 obras – algumas das quais inéditas em Espanha – da artista portuguesa, foi vista por um total de 16.303 visitantes até 14 de Setembro.
Entre os trabalhos inéditos apresentados pela pintora na Galiza estão “Oratório”, exibido anteriormente no Reino Unido, em Portugal e no Brasil, “Os músicos”, também já exibida em Portugal, e outras obras provenientes da Marlborough Fine Art, galeria londrina que representa Paula Rego.
Além disso, segundo o Museu, foi apresentada publicamente, pela primeira vez, a obra de Paula Rego “The Servant” (1993/94), bem como obras dos anos 1960, em estilo dadaísta e outras tantas pertencentes a fases posteriores, mais figurativas.
A maior retrospetiva de Paula Rego em Espanha esteve patente há sete anos e foi, à data, organizada pelo Museu Rainha Sofia, em Madrid, tendo mostrado ao público um total de cerca de 200 obras.
A pintora portuguesa, de 78 anos, radicada em Londres – descrita pelo MAC, na altura da inauguração da mostra na Galiza, como “uma das vozes mais influentes do panorama artístico internacional” -, começou a desenhar ainda criança e partiu para a capital britânica com apenas 17 anos para estudar na Slade School of Fine Art.
Foi em Londres que conheceu o marido, o artista inglês Victor Willing, falecido em 1988, cuja obra Paula Rego já mostrou por várias vezes no museu Casa das Histórias, em Cascais.
Na pintura de Paula Rego surgem muitas imagens típicas da infância, por vezes fetichistas e até traumáticas, relacionadas com a violência, e os animais são muitas vezes os protagonistas da sua linguagem pictórica.
Nas últimas décadas, a artista tem abordado temas políticos, como o abuso de poder, e sociais, como o aborto.
Paula Rego foi distinguida em 2010 pela rainha Isabel II com o grau de Oficial da Ordem do Império Britânico, pela sua contribuição para as artes.