O esquelo está praticamente completo e foi descoberto enterrado numa zona que Luís Paulo, arqueólogo responsável pelas escavações, acredita ter sido um cemitério da desaparecida Ermida de Santa Eulália, igreja com referências históricas, cuja localização é uma incógnita.
Estes não são os primeiros vestígios detetados naquela zona de Albufeira, mas as descobertas estão normalmente localizadas de norte para sul e não de nascente para poente, como no caso deste último esqueleto, apesar de ambas as orientações estarem conotadas com o cristianismo.
O esqueleto, que aparenta ser de um homem e cujos braços estavam posicionados sobre a zona abdominal, vai agora ser retirado do topo da arriba e analisado pelos arqueólogos, que têm de concluir os trabalhos no terreno “em tempo recorde”, dentro de um mês.
A necessidade de rapidez deste trabalho deve-se ao facto de estar a decorrer uma operação urgente de estabilização daquela arriba, face ao agravamento do risco de derrocada causado pelos temporais da época de Inverno.
O departamento da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) responsável pelos trabalhos de recuperação, vai fazer uma proteção da base da arriba. Sebastião Teixeira, diretor geral da APA, garante que os primeiros metros da arriba estão “condenados” ao desaparecimento.
“O que nós esperamos é recolher o máximo de informação possível da área que irá ser afetada pela obra e que poderá vir a ser perdida com o saneamento desta arriba”, salientou o arqueólogo da autarquia de Albufeira.
Notícia sugerida por Maria da Luz