A Ericsson revelou a semana passada, ao jornal Expresso, que quer criar, em Portugal, um centro de competências de tecnologias rádio para desenvolver novas funcionalidades para a quarta geração móvel (LTE) – centro este que será acompanhado de uma cidade LTE para ensaiar as novas tecnologias – e adquirir uma empresa portuguesa para entrar no negócio de consultoria e integração de sistemas.
Segundo declarações de Pedro Queirós, presidente da subsidiaria portuguesa da marca, ao Expresso, um dos objetivos é transferir para Portugal, e já em 2012, a principal área de negócio da empresa sueca: o centro de competências na área rádio para as redes de quarta geração móvel (ou LTE — Long Term Evolution).
Paralelamente a este centro, diz o responsável na entrevista ao Expresso, a Ericsson quer criar em Portugal “uma cidade LTE nos arredores de Lisboa” que vai ser “um banco de ensaios para as novas funcionalidades da 4- geração móvel” e adquirir uma empresa portuguesa para entrar no negócio de consultadoria.
Embora não faça referência a valores de investimento nem a números de postos de trabalho que serão criados, Pedro Queirós afirma que será necessário recrutar várias dezenas de engenheiros nacionais e estrangeiros, acrescentando ainda que a subsidiária portuguesa tem vindo a exportar talentos portugueses para outras filiais da Ericsson.
Segundo o gestor, a decisão de investir em Portugal numa área de ponta no desenvolvimento tecnológico das telecomunicações deve-se, em parte, ao facto dos operadores portugueses serem muito “sofisticados e inovadores” e estarem “na vanguarda na adoção das novas versões de software”. Para Pedro Queirós, o setor de telecomunicações português é “um bom exemplo de produtividade”.