Estudar no estrangeiro com uma bolsa do programa Erasmus reduz em 50% a probabilidade de os jovens se tornarem vítimas do desemprego de longa duração.
Estudar no estrangeiro com uma bolsa do programa Erasmus reduz em 50% a probabilidade de os jovens se tornarem vítimas do desemprego de longa duração. Além de cortar em metade esta hipótese, o programa é ainda uma experiência enriquecedora a muitos níveis, concluiu um novo estudo.
O estudo de impacto sobre o programa europeu Erasmus para a mobilidade de estudantes e docentes foi realizado a partir de entrevistas a cerca de 57.000 estudantes e deverá ser publicado pela Comissão Europeia no final de Setembro, conforme informações avançadas à agência noticiosa Efe por fontes comunitárias.
A investigação desenvolvida “demonstra que os [estudantes] Erasmus se saem melhor no mercado laboral” e que “têm metade da probabilidade de serem desempregados de longa duração em comparação com os que não vão para o estrangeiro”.
Segundo as fontes citadas pela Efe, o estudo revela também que os jovens que beneficiam deste tipo de bolsa “regressam aos países de origem não só mais seguros e mais tolerantes em relação a outras culturas, como também mais curiosos, com mais possibilidades de resolver problemas, com melhres habilitações organizativas e maior facilitadade em adaptar-se de forma rápida a novas situações”.
Trata-se, de acordo com os responsáveis da Comissão Europeia, de um estudo que “fornece resultados mais fiáveis do que os anteriores”, já que é o primeiro a analisar com tanto pormenor as repercussões de sair para o estrangeiro com uma bolsa de Erasmus e a incluir um maior número de entrevistados, baseando os resultados numa avaliação dos próprios participantes, que analisam o seu comportamento, atitude e habilidades, antes e depois da experiência.
Os últimos dados do programa Erasmus, referentes ao curso 2012/2013, comprovam que a iniciativa não perdeu interesse para os estudantes com passar dos anos: o que aconteceu foi precisamente o contrário, já que o número de participantes superou os 268 mil, mais 6% que no curso anterior e um novo máximo histórico.
No ano letivo de 2012/2013, Espanha voltou a ser o país da União Europeia (UE) que mais estudantes enviou para o estrangeiro no âmbito do programa Erasmus.
Recorde-se que, em Setembro, se estreia o novo programa Erasmus, que durará até 2020 e oferecerá a mais de quatro milhões de europeus oportunidades para estudar, formar-se, fazer estágios laborais e realizar atividades de voluntariado no estrangeiro.
Em termos orçamentais, o novo Erasmus contará com 14.700 milhões de euros, mais 40% que o atual programa. As fontes comunitárias adiantam que o impacto do novo orçamento só será sentido a partir de 2016. Antes disso, as despesas serão similares às existentes na atualidade.