A investigação desta equipa tem por objetivo conseguir prever a principal complicação que surge dos doentes com ‘estenose aórtica’, uma doença degenerativa grave que resulta da obstrução da válvula que liga a aorta ao coração. Esta doença afeta 10% da população idosa e tem elevada taxa de mortalidade, quando não é tratada.
Nos casos em que os pacientes não podem ser submetidos a uma cirurgia, devido à sua frágil condição de saúde, o tratamento alternativo indicado consiste na implantação de uma válvula aórtica, através de cateter. Esta intervenção, no entanto, resulta muitas vezes numa complicação conhecida como ‘Regurgitação paravalvular aórtica’, que compromete o sucesso da implantação.
A equipa da cardiologista Alexandra Gonçalves tem vindo a defenir uma série de parâmetros que conseguem prever em que casos o problema pode surgir. O estudo desenvolvido na Unidade de Investigação e Desenvolvimento Cardiovascular da UPorto, intitulado “Regurgitação paravalvular aórtica após implantação de válvula aórtica transcateter, como melhorar os resultados?”, obteve nota “excelente” em todos os critérios avaliados.
Alexandra Gonçalves (à esquerda) explicou ao jornal “Notícias” da UPorto que este prémio será uma forma de “estreitar relações com um centro da mais elevada referência internacional e contribuir para a modernização e melhoria da qualidade da medicina em Portugal”.
O prémio de financiamento foi entregue no âmbito do programa Harvard Medical School Portugal que pretende dinamizar a internacionalização e cooperação entre a instituição norte-americana e os centros de estudo e investigação portugueses.
A médica cardiologista do Centro Hospitalar de São João, do Porto, é coautora de três livros Internacionais e de cerca de 30 publicações em revistas indexadas. Em 2010 foi galardoada com a bolsa de investigação em ecocardiografia, atribuída pela Sociedade Europeia de Cardiologia.
Notícia sugerida por António Resende