“Nos últimos dias temos ouvido as vossas opiniões. Nunca foi nossa intenção limitar a liberdade de expressão da Maria João Nogueira, mas apenas assegurar a defesa da nossa marca. Mas vemos agora que a nossa atitude não foi a mais adequada e por isso vamos retirar de imediato a ação judicial”, refere comunicado divulgado na página Facebook da empresa.
No texto, assinado pelo responsável de vendas e serviço a clientes, Pedro Machado, a empresa assume responsabilidades pelas proporções tomadas pelo caso e garante que melhorará as formas de comunicação com os clientes.
“Pretendemos (…) estar mais atentos ao que os nossos clientes dizem online, de modo a podermos assegurar que a vossa experiência com a Ensitel é o mais positiva possível. Nesse sentido estamos a preparar novas maneiras de poderem comunicar connosco, sempre que tenham um problema numa das nossas lojas ou com um dos nossos produtos”, continua o comunicado.
O caso remonta a Fevereiro de 2009, quando Maria João Nogueira, cliente da Ensitel, começou a partilhar no seu blogue a história de um telefone alegadamente defeituoso que a empresa se recusou a trocar.
A cliente ficou a saber a 22 de Dezembro que a Ensitel colocou um processo exigindo que apagasse os textos que escreveu na Internet sobre o assunto. O caso chegou às redes sociais, com centenas de utilizadores a criticar o comportamento da Ensitel em plataformas como o Twitter ou o Facebook.
Desde que o comunicado foi publicado, cerca de 300 utilizadores reagiram elogiando a decisão da Ensitel, embora lamentando que tenha vindo um pouco tarde. Na sua página do Twitter, Maria João Nogueira também se declarou “muito feliz” com a decisão.
A cibernauta acrescenta que já devolveu os donativos – perto de 1500 euros – que cerca de 70 cidadãos ofereceram para ajudar nas despesas judiciais.