Uma equipa de investigadores australianos descobriu vestígios de ouro em folhas de eucalipto, que vêm servir de marcador da localização daquele metal no subsolo. Numa altura em que a crescente escassez de reservas de ouro está a inflacionar o preço d
Uma equipa de investigadores australianos descobriu vestígios de ouro em folhas de eucalipto, que vêm servir de marcador da localização daquele metal no subsolo. Numa altura em que a crescente escassez de reservas de ouro está a inflacionar o preço do mesmo, a descoberta pode ser uma nova ajuda para os garimpeiros.
“A ligação entre o crescimento de vegetação e os depósitos de ouro enterrados pode ser fundamental no desenvolvimento de novas tecnologias para a exploração mineira”, referem os responsáveis numa nota enviada à imprensa.
Segundo contam, nos terrenos mais áridos, os eucaliptos podem expandir as suas raízes até grandes profundidades à procura de água, atingindo regiões ricas em ouro e absorvendo partículas microscópicas desse metal. As mesmas acabam, depois, por 'viajar', através da árvore, fazendo todo o percurso até à folhagem, onde chegam em concentrações mínimas.
Para esta investigação, a equipa de cientistas analisou o crescimento de eucaliptos em duas zonas de exploração de ouro no sul e no oeste da Austrália, usando imagens de raio-X para verificar a presença de ouro nas folhas, galhos, casca e solos. As concentrações encontradas, apesar de reduzidas, estavam mais presentes na folhagem.
A explicação ainda não é certa, mas os cientistas sugerem que “o ouro é provavelmente tóxico para as plantas e, por isso, movido para as suas extremidades”. Esta é a primeira vez que uma descoberta vem evidenciar a presença de ouro nos subsolos, depois de já terem sido encontrados vestígios em plantas, mas sem nunca ter ficado claro se os mesmos eram absorvidos ou transportados pelo vento.
Os autores do estudo acreditam que a nova descoberta “é sinónimo de confiança numa técnica emergente que pode levar ao sucesso da exploração e manter a continuidade do fornecimento” que, na última década, registou uma queda de 45%.
Em 2011, o Instituto Geológico dos Estados Unidos estimou a existência de 51 mil toneladas de ouro em reservas de todo o mundo. Sessenta por cento da exploração é transformada em joalharia, sendo que este metal é também um crucial componente na eletrónica e usado na tecnologia médica, nomeadamente para o tratamento de cancro.
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Notícia sugerida por Elsa Martins