Foram encontrados, ao largo da costa norte do Haiti, restos de um barco naufragado que podem pertencem ao navio almirante de Cristóvão Colombo na sua primeira viagem à América, o Santa Maria.
Foram encontrados, ao largo da costa norte do Haiti, restos de um barco naufragado que podem pertencem ao navio almirante de Cristóvão Colombo na sua primeira viagem à América, o Santa Maria. Mais de cinco séculos depois, os investigadores acreditam estar perante vestígios daquela que foi uma das maiores expedições históricas de sempre.
“Todas as provas geográficas, topográficas e arqueológicas subaquáticas apontam para o facto de esta nau naufragada ser a famosa nau de Colombo, a Santa Maria”, diz Barry Clifford, líder de uma recente expedição de reconhecimento ao local e um dos investigadores americanos de topo na arqueologia subaquática.
O barco foi encontrado na zona apontado por Colombo, no seu diário, como aquele onde o Santa Maria encalhou há mais de 500 anos, pelo que o especialista quer, agora, reunir provas suficientes para comprovar a autenticidade dos destroços.
© Brandon Clifford – Os destroços que se pensam pertencer à famosa nau de Cristóvão Colombo, Santa Maria
Clifford acredita que a expedição que liderou para encontrar os destroços pode finalmente ter descoberto provas suficientes para comprovar a sua autenticidade. No entanto, até agora, a equipa de Barry Clifford tem vindo a trabalhar no local de forma não invasiva, ou seja, apenas através de medições e registos fotográficos.
“Estou confiante que uma escavação completa do barco naufragado vai revelar a primeira evidência arqueológica marinha detalhada da descoberta da América”, acrescenta em comunicado citado pela Agência France Press.
“Idealmente, caso as escavações corram bem e dependendo do estado de preservação da madeira enterrada, pode vir a ser possível levantar quaisquer restos sobreviventes da embarcação, conservá-los e, em seguida, colocá-los numa exposição pública permanente”, refere o investigador norte-americano.
A conferência de imprensa para revelar os detalhes da descoberta que os cientistas acreditam ser uma parte da História está agendada para esta quarta-feira, em Nova Iorque, nos EUA.