O artigo refere ainda que este ano começou com um crescimento de 38% das exportações deste tipo de produto em janeiro, para os 8,91 milhões de euros, números reveladores da importância que este setor tem para a Indústria Têxtil e Vestuário (ITV) nacional e a sua notoriedade em termos internacionais.
Para além do fator moda e design, a inovação é outro impulsionador para os bons resultados do setor das malhas em Portugal. É o exemplo da A. Sampaio&Filhos que produz malhas com a tecnologia Outlast, de regulação da temperatura, inicialmente desenvolvida pela NASA, que permite que o artigo têxtil resultante absorva, armazene e faça a gestão do calor, para maior conforto do utilizador.
João Mendes, administrador da A. Sampaio & Filhos, que emprega 210 pessoas e em 2010 revela que registou um volume de negócios de 23 milhões de euros (mais 25% em comparação com 2009) salientando que existem muitas marcas do setor interessadas em desenvolver o conceito em constante evolução.
Também a Lurdes Sampaio SA, que conta na sua carteira de clientes com nomes como COS (H&M), Massimo Dutti (Inditex) e Dior Baby, apresentou recentemente malhas com as novas fibras Kapok e o Crabyon.
“O Kapok é a fibra natural com mais baixo peso específico, o que permite obter artigos muito leves em relação ao grau de cobertura que apresentam, enquanto o Crabyon é uma viscose onde foram incorporadas partículas de chitosan e que confere proteção antibacteriana e benefícios dermatológicos”, explica Paulo Pereira, diretor de I&D da empresa.
A empresa Luís Azevedo&Filhos conta no seu portefólio de clientes marcas reconhecidas como a Lacoste, Burberry, Kenzo, Dior, Balenciaga, Isabel Marant e Inditex, que permitiram à empresa um crescimento de 20% em 2010, para um volume de negócios de 7,8 milhões de euros e um efectivo de 40 pessoas. Este ano, Sílvia Azevedo, administradora da Luís Azevedo & Filhos, acredita que “ainda temos margem para crescer”, pelo que antecipa um aumento de 10% das vendas.
Estas e outras empresas do sector da malha contam com o apoio da Associação Selectiva Moda, cujo projeto de internacionalização para 2011 contabiliza 61 ações em 26 mercados distintos, num investimento total de 7,43 milhões de euros, financiados pelo QREN. Este ano, as empresas de malhas estiveram já, entre outras, nas feiras Interfilière e Première Vision Pluriel, ambas em Paris, e na Ispo, em Munique.