Quatro empresas portuguesas preparam-se para assinar contratos no sultanato de Omã, país situado na extremidade oriental da Península Arábica. O anúncio foi feito por uma fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Quatro empresas portuguesas preparam-se para assinar contratos no sultanato de Omã, país situado na extremidade oriental da Península Arábica. O anúncio foi feito por uma fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros na sequência de uma visita das companhias àquele sultanato junto com o ministro Paulo Portas.
De acordo com as informações avançadas, a empresa Aquaport – Gestão de Sistemas de Água e Saneamento prepara-se para entrar no país, bem como a ABidau, emrpesa portuguesa de sinalética de estradas, que vai assinar em Omã um contrato no valor de 20 milhões de euros.
Segundo a fonte do MNE, estão ainda previstos contratos no sultanato com a GCL, laboratórios portuenses de análises clínicas, e com a empresa de ginásios especializados Vivafit.
As companhias que estão a participar na deslocação do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, ao Golfo Pérsico, mantiveram contactos em Omã, a primeira paragem desta visita, desde o passado sábado.
Golfo Pérsico: Oportunidade de negócio para Portugal
Pedro Reis, presidente da Agência de Investimento para o Comércio Externo de Portugal (AICEP), acredita que existem oportunidades de negócio para as empresas portuguesas nos Estados do Golfo Pérsico nas mais variadas áreas.
Segundo o responsável, verificam-se “similitudes” entre Omã, Portugal e Singapura porque, afirmou em declarações à Lusa, estes funcionam como plataformas logísticas para grandes blocos regionais.
“Singapura faz isso para o sudeste asiático e China, Portugal está a posicionar-se para África e América Latina e Omã está a fazer isso para o Golfo Pérsico, Norte de África e na aproximação à Índia através da implementação de zonas francas e rede de estruturas portuárias”, explicou o dirigente, que sublinhou o crescimento económico do sultanato.
“Omã aumentou quase quatro vezes o seu Produto Interno Bruto (PIB): tinha 20 biliões de dólares e passou para 73 biliões de dólares, mas, curiosamente, isso não foi só apenas à conta do gás e do petróleo que se associam muito a estes Estados”, revelou.
De acordo com Pedro Reis, “foi também muito por consequência de se terem posicionado numa plataforma logística desta região”, o que fez com que “50% da economia” deixasse “de depender do petróleo e do gás”.
Depois de terminada a visita a Omã, a comitiva portuguesa, encabeçada por Paulo Portas, viajou, esta segunda-feira, até ao Kuwait, e passará ainda, até 21 de Dezembro, pelo Qatar e o Dubai.