Uma empresa portuguesa lançou esta semana um dispositivo microeletrónico que vai auxiliar as equipas de enfermagem a prevenir o aparecimento das úlceras de pressão (também conhecidas como escaras) em pacientes acamados.
O equipamento dá pelo nome de MovinSense e foi elaborado pela Tomorrow Options, empresa que nasceu a partir de um grupo de pesquisa do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto (INESC), ligado à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).
O dispositivo microeletrónico da Tomorrow Options, empresa spin-off INESC TEC/FEUP, tem como objetivo prevenir o aparecimento de úlceras de pressão, um tipo de ferida que é fácil de evitar e que por essa razão é considerado um erro clínico. O tratamento destas feridas é dispendioso, custando em média cerca de 4% do orçamento de saúde de um país desenvolvido.
O aparelho é colocado no peito do paciente acamado e que está privado da capacidade de se movimentar sozinho. O equipamento regista a posição do doente e comunica via wireless com as equipas de enfermagem, emitindo um sinal de alerta sempre que for necessário reposicionar o paciente.
Para os doentes acamados, a reposição deve ser executada, em média, no mínimo de duas em duas horas, embora o intervalo de alteração da posição do paciente varie consoante a condição de cada paciente.
O MovinSense é o único equipamento do mercado que monitoriza o paciente e não a cama. Por outro lado, este dispositivo exige um investimento financeiro menor e ocupa menos espaço de armazenamento.
A vantagem principal do equipamento lançado pela empresa portuguesa é que ataca o problema principal, ou seja, evitar a sobre-exposição da mesma área do corpo à pressão.
Segundo informação apresentada no portal do INESC, um colchão antiescaras e uma cama articulada elétrica custam em média mais de 1000 euros e um colchão com sensores de pressão custa em média mais de 2000 euros.
O MovinSense permite monitorizar 10 pacientes e exige apenas um esforço monetário de cerca de 6.500 euros, já que o sistema só requer a compra de um aparelho emissor e de tantos aparelhos recetores quantos os pacientes a monitorizar.
Cada aparelho tem um custo de 400 euros e bateria com autonomia para mais de uma semana. O MovinSense encontra-se numa fase adiantada de testes, e segundo o INESC está praticamente pronto a entrar no mercado, estando a empresa já a negociar a sua distribuição com empresas da Suécia, EUA e Holanda.
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[Notícia sugerida por Patricia Guedes]