Ao contrário do carvão convencional, o Biopower não contamina os alimentos com gases tóxicos, como é o caso do enxofre ou alcatrão. Para além de ser amigo do ambiente e dos alimentos, este produto acende mais rápido e mantém as temperaturas uniformes, o que se traduz num carvão mais económico do que o tradicional.
Isto permite usar a mesma quantidade de carvão para assar mais alimentos, explica Nuno Costa, diretor comercial da Ibero Massa Florestal, num comunicado enviado ao Boas Notícias.
Este biocarvão, que demorou um ano a ser desenvolvido, está disponível à venda sob a forma tradicional, mas também em briquetes (pequenos blocos de carvão), que tal como o primeiro, é produzido com base na pirólise lenta, que não liberta gases de efeito estufa para a atmosfera.
“Não precisamos de fazer biocarvão a partir de floresta nativa, não precisamos de poluir para o fazer e ele não precisa de ser mais caro do que o tradicional”, explica ainda o responsável.
Carvão feito de plantas e detritos de floresta
O biocarvão é produzido com madeiras de espécies infestantes da floresta nacional, acácia austrália e mimosa e de podas resultantes da limpeza das florestas.
Esta tecnologia, desenvolvida pela Ibero Massa Florestal, situada em Oliveira de Azeméis, pode representar um “enorme avanço” no setor das fontes de nergia renováveis. “Não existe nada igual em toda a Península Ibérica e talvez apenas cinco empresas em todo o mundo estejam a começar a trabalhar nesta área”, explica fonte da empresa, citada pelo mesmo comunicado.
Para além do Biopower, a Ibero Massa tem também outros produtos amigos do ambiente, como por exemplo o Ecochar, um produto de reestruturação dos solos agrícolas e florestais, e que reduz o uso de água e fertilizantes em cerca de 40%, bem como as emissões de CO2.
Neste momento, a empresa, fundada em 2011, está a desenvolver outros produtos sustentáveis, juntamente com as Universidade de Aveiro e Trás-os-Montes e Alto Douro.
Notícia sugerida por André Luís e Maria Pandina