O projeto LOQR nasceu em 2015 quando Ricardo Costa – CEO da empresa – percebeu que o complexo mercado da segurança eletrónica carecia de uma solução que cumprisse com todos os requisitos de segurança possíveis e que não fosse demasiado complicada e aborrecida para o utilizador. Assim, desenvolveu um sistema de autenticação que encarrega o smartphone de identificar o utilizador e depois, mediante confirmação de todos os parâmetros exigidos, autentica todos os procedimentos necessários. Essa certificação inclui desde biometria a reconhecimento facial, passando por um algoritmo do próprio telemóvel que é capaz de identificar o utilizador pelo comportamento.
A aplicação utilizada pelo Banco BIG é a versão para empresas (instituições financeiras e não-financeiras), sendo que a LOQR dispõe de uma outra modalidade para particulares. Na versão para o consumidor, a Loqr recorre a QR codes como forma de autenticar um utilizador num site, numa app ou num software. A modalidade para empresas é mais completa e, ao contrário da versão para o consumidor, é paga.
Em suma, o objetivo da LOQR é o de conseguir eliminar passwords e, ao mesmo tempo, adicionar mecanismos adicionais de segurança que permitam tornar mais segura a forma como nos autenticamos na nossa vida digital, evitando as fraudes digitais. Neste sentido, propomos uma conversa com o CEO da empresa, que pode detalhar todo o percurso da LOQR e em concreto do primeiro projeto desenhado para uma instituição bancária, assim como explicar quais são as perspetivas futuras do negócio. Poderá ainda abordar quais os desafios que se colocam hoje à segurança digital e de que forma a sua atividade pretende combater os riscos e aumentar exponencialmente os níveis de segurança nas transações online.
As vitórias alcançadas pela LOQR no fim de 2017, na Websummit e no Paychallenge: rethinking Payment Services, atestam a pertinência e a qualidade dos produtos desenvolvidos pela start-up de Braga. Apesar de estar muito focada no setor da banca, quer nacional quer europeia, a empresa está já a estudar a entrada em outros setores de atividade como a saúde e o retalho, bem como a sua expansão internacional, num mercado que se estima que valha, em 2019, cerca de 109 milhões de euros.