por Patrícia Maia
Obter fotos aéreas de paisagens ou edifícios, filmar eventos ou estradas a partir do céu, monitorizar incêndios ou acidentes. Estas são apenas algumas das possibilidades oferecidas pelos serviços da SkyEye, uma das poucas empresas em Portugal que apresenta um serviço profissional de captação de imagens aéreas através de UAV (“unmanned aerial vehicle”, em inglês, ou “veículos aéreos não tripulados”, em português).
A jovem empresa – que este mês fez uma apresentação dos seus serviços na área da Defesa Nacional (Marinha, Força Aérea, Exército e PSP) – quer distinguir-se por oferecer equipamentos “mais fáceis de operar” e preços “mais vantajosos” pela utilização dos serviços.
Os UAV (ou drones) da SkyEye podem “transportar qualquer tipo de câmaras até 1,5 kg – desde câmaras fotográficas e de filmar até câmaras termográficas ou de infra-vermelhos, entre outras – e foram desenvolvidos por uma empresa de engenharia alemã embora integrem alguns componentes de origem portuguesa e espanhola”, explica David mota, gerente da SkyEye, ao Boas Notícias.
Os mini-drones da SkyEye, os MD4-1000, são ágeis demorando cerca de 15 minutos a montar e desmontar, têm uma autonomia de cerca de 40 minutos e atingem alturas que variam entre os 500 metros – para drones telecomandados – ou 1.000 metros no caso dos drones pré-programados. Em termos de velocidade, estes equipamentos chegam aos 15 metros por segundo.
O preço diário do serviço com tudo incluído (equipamento UAV com controlador, e operador ou operadores de câmara) varia entre 850 euros e 1.500 euros, dependendo da duração e do tipo de serviço. Mas quem quiser ficar com este drone na sua mão, poderá adquirir o equipamento completo (incluindo formação, assistência técnica e uma garantia de dois anos) por cerca de 40.000 euros.
Aposta internacional
O único entrave ao crescimento desta startup nacional parece ser, conta o responsável, a certificação, já que em Portugal – ao contrário de países como a Inglaterra e a Alemanha – há um vazio legal relativamente à utilização de equipamentos não tripulados em ambiente civil. Contudo, a sua utilização “é permitida sob determinadas condições de segurança definidas pelo Instituto Nacional de Aviação Civil e pela Força Aérea”, assegura o responsável.
Mesmo assim, diz David Mota, os MD4-1000 estão a ditar o crescimento da SkyEye, sobretudo nas áreas das “indústrias da comunicação e entretenimento, das energias renováveis, construção, engenharia e arquitetura”. Entre os clientes da Skyeye há várias empresas ligadas ao Estado, como a REN e a EDP Renováveis.
Ainda na senda do crescimento, a empresa pretende, diz o responsável, reforçar a aposta na área da Defesa e, também, no mercado externo sendo que já prestou “vários serviços fora de Portugal, nomeadamente em Angola, Espanha, Itália, Roménia e Brasil”.
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