Os responsáveis do grupo Ach. Brito esperam fechar este ano a faturar perto de cinco milhões de euros, o que representa um crescimento de 14% apesar da crise que tem levado à subida do preço das matérias-primas, à desvalorização do dólar, à escalada do preço do petróleo e às novas portagens que acabam por prejudicar o negócio.
"Fechámos o primeiro trimestre com um crescimento tão bom que nem quero falar de números concretos", congratula-se ao Diário de Notícias José Fernandes, que prefere avançar com cautela e desvenda apenas que é da ordem dos dois dígitos.
De acordo com o artigo publicado no Diário de Notícias, o crescimento será feito em parte com a subida do peso das exportações, cujas previsões apontam para os 30% face aos atuais 25%.
"A Confiança (empresa do grupo) ainda está a dar os primeiros passos na internacionalização", frisa o mesmo responsável.
A Ach. Brito revela que outra das apostas para o crescimento da faturação das duas empresas é o relançamento dos sabões offenbach (em barra) azul e branco e rosa, da Confiança.
"Tínhamos previsto vender cerca de 300 toneladas durante o primeiro ano e só no primeiro mês vendemos 170", conta José Fernandes, admitindo que "são valores muito acima das expetativas.
Com crescimentos estimados de 10% para a Ach. Brito e de 25% para a Confiança, as grandes apostas do grupo, que integra a marca Claus Porto (segmento premium), para 2011 passam ainda pela reestruturação de alguns produtos, pelo investimento em novas áreas de negócio e o reposicionamento nos mass market, segmento que ficou mais acessível aos produtos da Ach. Brito com a aquisição da Confiança, em 2008.
Os responsáveis da Ach. Brito querem proceder à reestruturação do sítio da Claus Porto, "apostar no mercado internacional, nomeadamente a nível da continuidade na presença em feiras e ações de prospeção a novos mercados ou mercados com forte potencial de crescimento" e à apresentação do novo stand da Claus Porto.
A empresa espera ver os projetos concluídos até setembro, altura em que decorre a feira Maison & Objet, em Paris. Os investimentos irão custar entre 50 e 60 mil euros à empresa liderada pelos irmãos Aquiles e Sónia de Brito, netos de um dos fundadores da empresa.