Pássaros, insetos, aves de rapina, répteis, anfíbios e até esquilos e raposas. Estas são apenas algumas das 150 espécies que fazem parte da biodiversidade de Lisboa, cuja rota a autarquia inaugurou em dezembro de 2010. No dia em que chegou a primaver
Pássaros, insetos, aves de rapina, répteis, anfíbios e até esquilos e raposas. Estas são apenas algumas das 150 espécies que fazem parte da biodiversidade de Lisboa, cuja rota a autarquia inaugurou em dezembro de 2010. No dia em que chegou a primavera, o Boas Notícias percorreu os 18 pontos do percurso. E apesar dos animais terem dado poucos sinais de vida, o passeio valeu a pena pela paisagem e pelas curiosidades históricas e culturais da cidade que se vão desvendando ao longo do percurso.O percurso pode ser feito por iniciativa própria, seguindo os pontos que estão assinalados na página online da Rota da Biodiversidade (clique aqui para descarregar o mapa do percurso) ou na brochura em papel [que pode ser adquirida no Módulo Ambiente, em Belém, por um 1.20 euros), onde é possível consultar a fauna e flora de cada local. Mas também existe a possibilidade de fazer este percurso acompanhado por um técnico da câmara.
O Boas Notícias participou no passeio realizado a 21 de março, dia da primavera, que incluía o percurso completo, ou seja os 18 pontos da rota. Este percurso apenas acontece quatro vezes ao ano, na chegada de cada estação. Ao longo das outras semanas do ano, realizam-se troços mais curtos da rota de modo a tornar a iniciativa menos cansativa e mais acessível a toda a população.
Rui Marques, o monitor que nos acompanhou, tem uma personalidade inesperada. Sempre na “reinação”, como o próprio afirma logo no início do percurso, não será o típico monitor de uma atividade assente na biodiversidade, já que a informação que vai fornecendo ao grupo está mais dirigida à parte histórica da cidade, deixando os destaques da flora e fauna para segundo plano.
O monitor assinalou aos participantes um corvo do mar, patos, uma árvore de papiro, medronheiros, pinheiros e pouco mais. Mas é, sem dúvida, um alfacinha castiço e genuíno que consegue dinamizar o grupo com histórias curiosas sobre Lisboa e episódios pessoais da sua própria vida de criança, quando “andava à pendura nos elétricos da cidade”.
Neste domingo, participaram no percurso mais de 30 pessoas de todas as idades, incluindo uma senhora que estaria perto dos 80 anos e um bebé de dois anos acompanhado, no seu carrinho, pela mãe. O passeio arrancou às 10h do primeiro ponto da rota, no jardim da Rua Vieira Portuense, em Belém, e terminou, cerca de 14 quilómetros depois, mesmo ponto.
Foram seis horas de passeio que se cumpriram sem esforço e onde os participantes tiveram oportunidade de fazer exercício físico e de (re)visitar a cidade de Lisboa, observando aspetos da sua biodiversidade e outras curiosidades, como os cavalos da Guarda Florestal, em Monsanto, e o Geomunomento do Rio Seco, na Ajuda, que remonta ao período Cretácico Superior, albergando nas suas paredes fósseis e crustáceos com 90 milhões de anos.
Além da Rota da Biodiversidade, a Divisão de Educação e Sensibilização Ambiental da câmara de Lisboa organiza regularmente outras iniciativas, como passeios de bicicleta e oficinas de ambiente para mais novos, pelo que vale a pena consultar o site Lisboa Verde para estar a par de todas as atividades que são sempre gratuitas.
Conselhos essenciais:
– Levar calçado confortável
– Usar chapéu ou boné
– Por protetor solar
– Levar uma merenda ou lanche
– Não é obrigatório levar água já que o percurso passa por diversos repuxos
Contactos:
Divisão de Educação e Sensibilização Ambiental
Link: http://lisboaverde.cm-lisboa.pt/
Telef: 21.817.02.04
Fax: 21.817.13.29
Email: ana.serra@cm-lisboa.pt