Bom e barato. São estes os adjetivos que, segundo o jornal New York Times, descrevem o vinho verde português.
Bom e barato. São estes os adjetivos que, segundo o jornal New York Times, descrevem o Vinho Verde português. De acordo com o autor do artigo, Eric Asimov, que provou e classificou 20 vinhos verdes, com ajuda de outros especialistas, este vinho está a conquistar o paladar dos norte-americanos.
Embora seja difícil de encontrar à venda, nos EUA, Eric diz que este vinho “agradável e económico”, do noroeste de Portugal, tornou-se um símbolo do Verão para muitos norte-americanos, registando uma popularidade crescente naquele país.
“É verdade que a sede pelo Vinho Verde ainda não alcançou a louca procura pelo rosé, mas já ultrapassou o entusiasmo por vinhos como a txakolina, um vinho do País Basco muito popular por cá”, lê-se no artigo.
Para comprovar este facto, o autor avança valores: em 2012, Portugal exportou quase 5.5 milhões de garrafas de Vinho Verde para os EUA, ou seja, mais do triplo do que exportava em 2003. “É um salto enorme para um vinho que poucas pessoas (nos EUA) conhecem”, comenta Eric Asimov.
O autor do artigo conta que, no final de Maio, se juntou a outros peritos para experimentarem 20 garrafas de Vinho Verde adquiridas em lojas de Nova Iorque e em lojas online.
“E o que descobrimos? No mínimo, estes vinhos são frescos, vivos, cheirosos, por vezes gasosos. Além disso, têm uma percentagem reduzida de álcool, geralmente entre 9 e 12.5, e preços muito acessíveis. A garrafa de 4 dólares (3 euros) era a mais barata, mas oito das garrafas do nosso top 10 custaram menos de 10 dólares (7.50 euros)”, salienta.
Eric explica no artigo que a palavra “verde” não está relacionada com a cor mas com a idade do vinho, que deve ser saboreado “durante a sua energética juventude”. “Há vinho verde tinto, branco e rosé”, avisa o especialista gastronómico, “embora os vinhos verdes brancos sejam os mais populares”.
“Provocador, fresco e muito agradável”
O autor prossegue o artigo descrevendo a região do Vinho Verde que se estende “pela costa atlântica” recebendo a influência marítima, “ao contrário do Douro protegido do mar pelas suas encostas”.
Eric conta ainda que o Vinho Verde pode ser composto por castas pouco conhecidas, como as castas arinto, azal, loureiro e trajadura (conhecida em Espanha como treixadura), embora muitos produtores de vinho verde adotem a casta alvarinho.
Na conclusão, o autor descreve individualmente os 20 vinhos que o painel do New York Times provou, sendo que em primeiro lugar ficou o vinho Vidigal Shocking Green, de 2011, em segundo o vinho Vera, de 2012, e em terceiro o Niepoort Dócil, também de 2012.
Quanto à garrafa de 4 dólares, da Adega Cooperativa de Ponte da Barca, que conquistou o 4º lugar na prova, o autor garante que é um vinho “provocador, fresco e muito agradável” com qualidades que não o deixam muito longe da garrafa de 14 dólares. Ou seja, conclui Eric, “é possível comprar uma caixa de vinho verde pelo preço de uma garrafa de Chardonnay medíocre. Uma solução “perfeita para uma festa na piscina”, remata.
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